Notícias / Politica

25/05/2010 - 00:00

PP abre diálogo com a aliança tucana

Por Jornal Oeste

JEAN CAMPOS Diário de Cuiabá Vice-presidente nacional do PP, o deputado federal Pedro Henry esteve ontem na sede do Democratas, em Cuiabá, para o que chamou de “visita de cortesia” ao senador Jayme Campos (DEM) e ao pré-candidato ao governo, o ex-prefeito Wilson Santos (PSDB). Embora tenha se esquivado de comentar sobre possível inclusão no PP no bloco da oposição, Henry frisou que “os progressistas não fecharam as portas para negociar composição com nenhuma das chapas”. “Henry mostrou que a aliança é possível”, disse Jayme Campos, após o encontro reservado. A visita foi considerada surpresa pelas rusgas de Henry com Jayme e Wilson. No caso do senador democrata, o progressista se mostra insatisfeito porque o irmão Ricardo Henry foi reeleito, em Cáceres, e em seguida cassado por denúncias feitas pelo correligionário do senador, o atual prefeito Túlio Fontes. Já com o tucano, Henry está afastado desde a sua saída do PSDB. De acordo com o senador, o deputado federal admitiu que o cenário nacional poderá influenciar no regional, contudo pontuou que só poderão conversar sobre efetivação de aliança após o dia 15 de junho. Na data em questão, o PP deve anunciar se irá aceitar a investida do PSDB e lançar o presidente nacional do partido, senador Francisco Dornelles (PP), como candidato a vice-presidente ao lado de José Serra (PSDB). “Não é de hoje que trabalhamos para que o PP esteja conosco nesta eleição”, complementou Jayme. Ao sair da reunião, Pedro Henry se limitou a dizer que tal visita simbolizaria a independência do PP diante da Eleição 2010. Ele negou que o partido esteja praticamente fechado para apoiar a candidatura do governador Silval Barbosa (PMDB) à reeleição. “Não fechamos as portas para ninguém. Aliás, a nossa única definição está no lançamento de uma ‘chapa pura’ para a Câmara Federal e Assembleia Legislativa”, reiterou o deputado. Ele acrescenta que a definição partidária irá se concretizar “na última hora”, dias antes das convenções estaduais que acontecem entre os dias 10 e 30 de junho. Na avaliação de Wilson Santos, a efetivação da aliança do PSDB com o PP em nível nacional estreitaria o relacionamento das legendas em Mato Grosso. “Nossa chapa é pra ganhar”, disse Wilson. Adotando uma postura comedida em relação a épocas anteriores, Wilson preferiu não comentar sobre a possibilidade de prejuízo político das últimas operações da polícia, entre elas o “Escândalo do Maquinário” e as denúncias de irregularidades nas provas do concurso público do governo. “Não vou emitir opinião, porque o Ministério Público, a Polícia Federal, a Delegacia Fazendária e a Justiça já estão tratando de investigar e punir os responsáveis. Quero ganhar eleição com base nas minhas propostas”, disse Wilson. O tucano também sofreu desgaste na administração durante a operação Pacenas, da Polícia Federal, que investigou supostas fraudes nos processos licitatórios das obras do PAC na época em que ainda era prefeito da Capital.
 
Sitevip Internet