Jornal Oeste

Sissy Cambuim RDNEWS O presidente regional do PPS, deputado Percival Muniz, revelou neste sábado à tarde, após reunião com a direção nacional, que a proposta de apoio ao nome de Mauro Mendes para governador foi aprovada. O destino da legenda já tinha sido definido com aval do diretório estadual mas, como havia resistência interna de uma minoria e, para não correr risco de sofrer intervenção, Percival procurou a Nacional. Em encontro com o presidente da agremiação, ex-deputado Roberto Freire (PE), Percival desenhou o quadro de pré-candidaturas e apresentou tendências em Mato Grosso. Acabou por obter de Freire respaldo para sacramentar a aliança do Mato Grosso Muito Mais, composta pelo PSB, PDT, PPS e PV. Nas discussões foi colocada que o PPS deve indicar nome para vice da chapa de Mendes. As opções estão literalmente dentro de casa, pois se limitam a Percival e a sua esposa, ex-deputada e ex-secretária de Estado de Educação Ana Carla Muniz. Uma das regras impostas por Freire e prontamente aceita por Percival é no sentido da legenda socialista apoiar o presidenciável José Serra, seguindo a coligação em âmbito nacional. O dirigente do PPS regional ponderou que a adesão ao nome de Serra é tranquila, mas observou que o partido não vai estar no mesmo palanque de outro tucano, o ex-prefeito de Cuiabá Wilson Santos, pré-candidato à sucessão estadual. Percival destaca que o PPS, que entre 2007 e 2008 ostentou o ranking de maior legenda do Estado motivado pela presença como filiado do então governador Blairo Maggi, hoje no PR, continua sendo um partido democrático e aberto ao diálogo e que, segundo orientação da Nacional, cada diretório tem liberdade para apoiar o candidato que achar mais conveniente nas majoritárias estaduais. “Na esfera nacional, vamos apoiar o José Serra, mas não o PSDB”, destacou o deputado. Observa que, em âmbito de Estado, a proposta que atende o projeto do PPS é apoio a Mendes, que disputou e perdeu no segundo turno a Prefeitura de Cuiabá em 2008, pelo PPS. Embora não tenha fechado acordão, Percival pondera que a definição só sairá mesmo na convenção do próximo mês. Ao contrário de Percival, alguns militantes socialistas defendem outras pré-candidaturas. O ex-sindicalista Elismar Bezerra, hoje secretário do prefeito cuiabano Chico Galindo, e o vereador pela Capital Ivan Evangelista, por exemplo, se transformaram em cabos eleitorais do nome de Wilson Santos para governador. Questionado sobre o posicionamento de alguns rebeldes, Percival diz que não vai proibir ninguém de atuar na prefeitura. Em seguida, porém, alerta: "se na convenção for decidido que apoiaremos Mauro Mendes, eles terão que seguir a maioria”.