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22/05/2010 - 00:00

Escândalos desgastam gestão Silval Barbosa

Por Jornal Oeste

Romilson Dourado RDNEWS Ele renunciou ao mandato de governador em 31 de março deste ano como um dos mais bem avaliados gestores. Sua aprovação popular superava a 90%, com bons índices de "ótimo" e "bom". Com esse conceito, Blairo Maggi presenteou com o troféu do mandato de chefe do Executivo estadual o então vice Silval Barbosa (PMDB) e, de quebra, ainda se colocou como principal cabo eleitoral do peemedebista que busca agora a reeleição. Poucos dias depois, começaram a "explodir" bombas no entorno do governo Maggi e que estão provocando estrago também na imagem de Silval. Primeiro, o governador vê aliados do seu PMDB presos sob envolvimento em desvio de recursos na Funasa. Só não foi mais prejudicado porque não abriu espaço para o grupo do presidente regional do partido, deputado Carlos Bezerra, que teve um sobrinho e um assessor recolhidos à cadeia por alguns dias. Depois, assiste a um racha no aliado PT, que aprovou nas prévias o nome do deputado Carlos Abicalil para concorrer ao Senado mas, de outro, trouxe revolta ao grupo da senadora Serys Marly, que virou oposição ao Palácio Paiaguás. Quando Silval achava que teria superado as problemáticas, eis que surge o escândalo do superfaturamento na aquisição de 705 equipamentos, a maioria máquinas pesadas e caminhões. Constatou-se que, na compra pelo Estado do maquinário junto às concessionárias, houve sobrepreço de R$ 36 milhões. No geral, foram gastos na compra no final da "era Maggi" R$ 241 milhões com financiamento do BNDES. O maquinário foi repassado a todas as 141 prefeituras. Agora, com frentes de investigação do Ministério Público e da Delegacia Fazendária, as máquinas passam por perícia, enquanto o governo tenta receber das concessionárias valores pagos a mais. Dois dos três secretários envolvidos diretamente no processo licitatório "caíram", sendo eles Vilceu Marchetti (Infraestrutura) e Geraldo de Vitto (Administração). Em meio à crise, Silval bateu-cabeça até definir substitutos e manter Eder de Moraes na Casa Civil. Nesta sexta, explode mais uma bomba para o lado do Palácio Paiaguás. Entre quase 100 presos na operação Jurupari por uma série de crimes voltados a questões ambientais estão o ex-secretário de Meio Ambiente por três anos no governo Maggi, Luís Henrique Daldegan; três assessores diretos do governador, entre eles o chefe de Gabinete Sílvio Correa, e o secretário-adjunto da Sema Afrânio Migliari. Foi mais um choque para o peemedebista, que vem liderando as pesquisas de intenção de voto, numa briga eleitoral com o ex-prefeito de Cuiabá Wilson Santos (PSDB) e com o empresário Mauro Mendes (PSB).
 
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