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13/05/2010 - 00:00

Mato Grosso pode dobrar produção de mel

Por Jornal Oeste

Assessoria Embora ainda ocupe a 13ª posição no ranking nacional de produtores de mel, com quase 500 toneladas anuais, de acordo com os números do IBGE de 2008*, Mato Grosso pode chegar às primeiras posições. Desde que alie profissionalização da atividade aos privilégios concedidos pela natureza, como a garantia de matéria-prima (florada) o ano inteiro para as abelhas. A análise é de José Guilherme Barbosa Ribeiro, superintendente do Sebrae/MT, sobre o legado do 18º Congresso Brasileiro de Apicultura (e 4º de Meliponicultura), a ser realizado entre 19 e 22 de maio, no Centro de Eventos Pantanal, em Cuiabá. Segundo ele, entre os seis biomas brasileiros (Cerrado, Amazônia, Pantanal, Caatinga, Pampa e Mata Atlântica), o território mato-grossense abriga os três primeiros. “A natureza nos dá o elemento básico da competitividade, que são as floradas não coincidentes, mas complementares, em abundância nestes três ecossistemas. A capacitação profissional depende de nós e o Sebrae está participando ativamente junto aos parceiros para aumentar a produtividade das colmeias mato-grossense”, afirma o superintendente do Sebrae/MT. A meta é triplicar a média atual, em torno de 20 quilos por colmeia/ano, considerada baixa. O próprio (18º) Congresso (Brasileiro de Apicultores) é um dos instrumentos para atingir este objetivo. Dos cerca de 2.500 congressistas esperados (apicultores, meliponicultores, pesquisadores, empresários, estudantes e interessados), entre 700 e 800 são de Mato Grosso. Durante quatro dias, eles participarão de palestras, mesas redondas, mini-cursos, clínicas tecnológicas, rodadas de negócios e uma feira (aberta não apenas aos congressistas, mas a toda comunidade), além de eventos paralelos como as reuniões da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Mel e da Associação Brasileira dos Exportadores de Mel (Abemel). “No mínimo, vamos dobrar nossa produção nos próximos três anos”, afirma o presidente da Federação das Entidades Apícolas de Mato Grosso (Feapismat), Walmir Guse, acrescentando que a realização do congresso em Mato Grosso será fundamental para atrair a atenção para a profissionalização do setor. “O grande trabalho será após o Congresso”, diz Guse, explicando que uma das etapas deste processo já foi iniciada, com o Programa Nacional de Georreferenciamento e Cadastro de Apicultores (PNGEO), realizado em Mato Grosso entre 2008 e 2009, em 11 municípios, por meio de uma parceria entre Governo do Estado, Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme) e Sebrae. O levantamento, feito por satélite, já identificou e cadastrou 128 apicultores, 272 apiários e 3.435 colmeias. Em Mato Grosso, de acordo com o MT Regional, há 1.200 apicultores. “Por ser um projeto piloto, ainda não atingiu todo o Estado. Para chegarmos aos 100%, teremos o Congresso (Brasileiro de Apicultura) para sensibilizar o restante da comunidade apícola e agregar mais instituições parceiras”, explica o titular da Sicme e presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/MT, Pedro Nadaf. * A produção nacional em 2009, de acordo com a Confederação Brasileira de Apicultura foi de 50 mil toneladas.
 
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