13/05/2010 - 00:00
Seu Antonio Alfaiate, mais de meio século ativo em Cáceres
Por Jornal Oeste
Correio Cacerense
Alfaiataria Santo Antônio, um estabelecimento comercial que resiste aos tempos modernos onde o usuário não se incomoda mais com detalhes pessoais.
O proprietário da Alfaiataria, Sr. Antônio Monteiro, natural de Pocone, lembra que aprendeu o oficio no ano de 1955, ainda moço e mudou se para Cáceres em 1957 onde foi trabalhar como operário na Alfaiataria Boa Ventura do Saudoso alfaiate Ventura.
O talher lembra que se localizava na rua Coronel.
Faria com Marechal Deodoro e hoje aos 54 anos de profissão diz com muito orgulho que gosta do que faz e que sempre prezou em fazer o melhor para o seu cliente, levando sempre em consideração corrigir possíveis defeitos de anatomia.
“Para isso estudei ao longo deste tempo e pondo em pratica, tudo o que de melhor se possa fazer dentro da confecção de roupa sobre medida” diz.
O aprendizado de um alfaiate nos tempos antigos começava muito cedo, “lembra” e ao longo desta carreira depende muito do profissional do ramo hoje não só ser um alfaiate, mais sim um artesão como trata de ser.
O conhecimento e a arte da Alfaiataria, do ato de cortar e coser tecido, desenvolveu-se lenta e gradualmente na Europa entre os séculos XII e XIV. Durante a Idade Média, a roupa em geral encontrava-se associada ao ato de esconder o corpo.
Com a Renascença, vem o acentuar da forma humana.
A roupa larga e sem forma, aquele que foi o uniforme padrão de todo o período medieval, tão facilmente construído de uma ou duas peças de pano, foi encurtado e apertado, eventualmente cortado, montado e cosido, na tentativa de dar destaque aos contornos do corpo humano.
Este foi o nascimento da Alfaiataria e, de fato, da Moda.
Até esta altura o pano tinha sido a característica que distinguia o vestuário, e aquele que o vestia era, em grande parte, o responsável pelo design e, na maioria dos casos,pela produção das suas próprias roupas.
Mas, gradualmente, o alfaiate foi assumindo uma importância equivalente á do tecelão, chegando por fim a ultrapassá-lo.
Mestres alfaiates tornaram-se responsáveis por satisfazer as necessidades de vestuário da sociedade, e a alfaiataria tornou-se numa altamente especializada, complexa e ciosamente guardada arte.
À medida que as cidades foram crescendo, tornando-se impérios de poder, também a moda seguiu esse caminho.
Primeira Itália, depois Espanha e França tornaram-se centros de moda em consonância com o poder, riqueza e influência desses impérios.
Os Ingleses afastaram-se do seu altamente decorativo e delicado estilo cortesão e assumiram formas mais práticas.
Depois, o tipo de roupa usada em meios aristocráticos não tinha sido desenhado a pensar em funcionalidade, antes com preocupações de decoração, tecidos e cores.
Quando o afastamento da ornamentação e ostentação começou a ocorrer, este tornou-se no primeiro critério na roupa para Homem.
Houve tremendas inovações nos últimos cem anos em termos de moda e da arte da alfaiataria; As máquinas de costura fazem o trabalho de costurar, produzindo costuras direitas melhor do que se fossem feitas á mão.
Novas tecnologias no fabrico de tecidos, produziram tecidos mais confortáveis, permitindo a adaptação da moda a estilos de vida mais despreocupados.
Contudo a alfaiataria provavelmente continuará a ser uma arte e nosso personagem Antonio Monteiro comprova isso no seu riscado.