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08/05/2009 - 00:00

CPI aprova pena de até 30 anos para quem abusar sexualmente de menores

Por Jornal Oeste

Assessoria Uma medida aprovada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia do Senado Federal pode reprimir os casos de violência sexual contra a criança e adolescente no país. A CPI aprovou um projeto de lei que tipifica o crime de pedofilia e estabelece pena de prisão de 16 a 30 anos para quem praticar violência sexual contra crianças ou adolescentes, caso a vítima venha a morrer. Além disso, a proposta estabelece que o condenado não terá direito à progressão de pena e ao regime semi-aberto ou aberto. A proposta ainda caracteriza o crime de manipulação lasciva, que consiste em manipular a criança nas partes genitais sem, entretanto, praticar o ato sexual. Nesse caso, o pedófilo poderá ter até a prisão preventiva solicitada e a pena será de dois a oito anos de prisão, mais multa. A venda de material pornográfico e a exploração sexual de crianças e adolescentes também foi incluída na lista de crimes hediondos. O projeto de lei ainda estabelece pena de dez a 14 anos de prisão para o crime de estupro contra criança e para quem cometer atentado violento contra criança. Para quem praticar conjunção carnal ou ato libidinoso com adolescente em situação de exploração sexual, de prostituição ou de abandono a pena estabelecida da proposta varia de três a oito anos de prisão. Caso Kaytto: Violência sexual contra garoto choca população de Cuiabá Em Cuiabá, um caso de violência sexual chocou a população. Um garoto de apenas 10 anos de idade foi violentado e assassinado em um terreno baldio a 500 metros do Forum da capital. Kaytto Guilherme Nascimento Pinto desapareceu no dia 13 de abril, quando se dirigia para mais um dia de aula. O corpo do garoto só foi encontrado depois que o homem suspeito de cometer o crime foi identificado. Segundo a polícia, o pedófilo Edson Alves Rufino, que já cumpria pena em regime semi-aberto por um crime semelhante, cometido em 1.999. Edson foi preso na noite do dia 17, quatro dias depois do desaparecimento do garoto, em um ônibus com destino a Campo Grande (MS). Ao ser preso, Edson levou os policiais até o local do crime, onde o corpo havia sido deixado. O acusado disse à polícia que já conhecia o garoto, pois trabalhou como servente de pedreiro em uma obra no condomínio onde o menino morava com a família. Ele disse ainda que chegou a pintar o escritório do pai da vítima. Em depoimento, o suspeito disse que pegou o menino em um ponto de ônibus e para persuadir o jovem ofereceu uma carona de moto até o trabalho do pai do menino. No caminho, o suspeito inventou que precisava pegar um outro capacete que estaria escondido no matagal onde o garoto foi encontrado. O preso vai responder por homícidio, ocultação de cadáver e ato libinoso. A investigação da polícia revelou também que Edson já havia sido condenado a 46 anos de prisão por violentar e matar a pauladas um garoto de oito anos em Primavera do Leste ( cidade distante a 231 quilômetros de Cuiabá). Após cumprir nove anos de pena, foi beneficiado com a progressão de regime, onde passou para o sistema de albergado. Edson está preso na Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá. O pai de Kaytto participou de uma das audiências da CPI. Segundo o senador Magno Malta (PR-ES), que preside a comissão, o caso de Kaytto é emblemático por se tratar de um crime que foi cometido por um indivíduo que deveria estar preso. A proposta ainda precisa passar pelas comissões de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), antes de ser votada em plenário.
 
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