Jornal Oeste

Pollyana Araújo A Gazeta O reitor da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), Taisir Karim, é acusado pela Associação de Docentes da Universidade de Mato Grosso (Adunemat) de supostamente contrariar o princípio da impessoalidade no concurso público do Estado realizado neste ano. Na denúncia feita ao Ministério Público Estadual, o advogado da entidade, Bruno Boaventura, afirma que a ex-coordenadora da Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual (Faesp), Maria Auxiliadora de Araújo, que é cunhada de Taisir, concorreu ao cargo de agente de desenvolvimento econômico. Ele avalia que Maria Auxiliadora não poderia prestar o concurso, pois, enquanto parente do reitor, pode ser beneficiada, já que a Unemat foi quem aplicou as provas. "Ela (Maria) deixou o cargo de coordenadora e depois prestou o concurso. Isso é ilegal porque fere o princípio da impessoalidade". Além disso, o assessor jurídico da associação critica o fato da fundação ter sido responsável pela gestão dos recursos utilizados para a promoção do certame. Pesam contra a organização do concurso mais de 90 processos referentes à irregularidades na elaboração das provas, falhas administrativas, dentre outros. Na próxima segunda-feira (3), por exemplo, mais uma representação será protocolada. Nesse caso, pelos candidatos aprovados para o cargo de gestor governamental. Eles apontam supostos erros em várias questões e, depois de terem todos os recursos apresentados à Unemat negados, resolveram acionar o Ministério Público Estadual.