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14/04/2010 - 00:00

Preço do feijão dispara no varejo em Mato Grosso

Por Jornal Oeste

Jonas da Silva Da Redação O preço do feijão no varejo voltou a subir devido atraso na colheita do produto em Mato Grosso, cuja safra deve começar a ser colhida em maio, em função de chuva. O valor no varejo explodiu em menos de 2 meses. No início do ano, em janeiro e fevereiro, o preço médio nos supermercados de Cuiabá atingia R$ 1,50 o quilo. Atualmente, o tipo 2, mais barato, está em R$ 2,49, alta de 66%. O mercado local foi "invadido" de produto de baixa qualidade. Um feijão de qualidade inferior do Paraná e Santa Catarina, mais escuro e com aspecto mais velho por causa do clima, também motiva alta. O produto é recusado pela tradição cultural do mato-grossense de adquirir um produto mais claro, como o tipo carioca de Mato Grosso, que é mais branco. No Supermercado Modelo do Coxipó, nesta terça-feira, o preço do tipo 2 da marca Irecê era R$ 2,49; o Panela de Barro, também tipo 2, era comprado a R$ 2,79. O tipo 1, feijão Camil, tinha preço de R$ 3,99 e, no Supermercado Big Lar Miguel Sutil, o alimento da mesma marca e classificação era vendido a R$ 4,49, diferença de 12,5%. Ainda no supermercado, o feijão preto Camil tipo 1 tinha valor de R$ 2,79. Já o Vô Zito, era adquirido por consumidores a R$ 2,99. No Atacadão, o feijão Sabor da Terra, tipo 1, era vendido a R$ 3,40 no fim de semana. O proprietário do cerealista Pequi Alimentos, Francisco Seigi Hirano, que trabalha com a marca Nova Geração e Da Casa, tipo 2, alerta sobre a alta definitiva do produto. "O preço de janeiro e fevereiro não volta mais, quando estava na faixa de R$ 1,50 o quilo do tipo 1. Na ponta hoje, no varejo, vai subir mais um pouco". No mercado ele é tido como referência do feijão de coloração mais aceitável pelo varejo e seus fornecedores são de Goiás e Minas Gerais, além de Santa Catarina. O empresário avalia alta de até 80% do feijão no atacado entre o mês passado e este mês. Mas avisa que os atacadistas não repassaram todo o aumento da cadeia da produção ao consumo, pois havia estoques. Na sua avaliação, quando entrar a safra de Mato Grosso, "o preço volta a cair 30% a 40% do preço de hoje". Entre produtores e cooperativas da região Sul, o embarque do fardo de 60 quilos do produto já custa R$ 0,40 a mais por quilo entre frete, ICMS e mão-de-obra. O gerente comercial do Moinho Regio, Emerson Andreotti, lembra os repiques de preço do feijão. "Semana passada tivemos duas altas do feijão em função dos preços do Paraná e Santa Catarina". Os preços devem aumentar ainda mais no varejo.
 
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