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14/04/2010 - 00:00

Na semana do índio uma aula a história de Cáceres no museu

Por Jornal Oeste

Correio Cacerense Está acontecendo no Museu Histórico programações alusivas em comemoração a semana do índio, que teve inicio ontem 13 e prosseguira ate o dia 19. Como parte da semana, estiveram visitando o museu na manhã de ontem alunos da Escola Municipal Irene Ramão e as criança ficaram encantadas ao conhecer a historia de Cáceres desde o principio. No período noturno foi realizada uma audiência publica onde foi tratada “POLITICAS PUBLICAS E IDENTIDADE DO POVO INDIGINA CHIQUITANO”. Só para ilustrar, os chuiquitanos habitavam Cáceres a margem esquerda do rio Paraguai então conhecida como baia do Rio Paraguai, e hoje se trata da Baia dos Malheiros. Era um grupo isolado com apenas 78 habitantes entre homens, mulheres e crianças, época em que os portugueses aqui chegaram em 1772 para instalar o Posto de Registros com o objetivo de arrecadar impostos dos garimpos de ouro. Eles vinham de Cuiabá e passavam por aqui, época em que o fundador de Cáceres Luis Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres trouxe consigo militares que se familiarizaram com os chiquitos. Os índios foram seduzidos pelos militares a desenvolver outras atividades e naqueles idos, Cáceres tinha o nome de Vila Maria do Paraguai, isso na segunda metade do século 18. Com a chegada de Luiz Albuquerque, em 1778 o desbravador fundou o Distrito Paroquial São Luiz do Paraguai com medo da invasão espanhola e como a religiosidade não tem fronteira ele teve como objetivo mostrar que aqui era uma paróquia. Em 1938 teve um decreto lei estadual n° 208 quando a cidade passou a se chamar Cáceres porque antes disso a cidade teve também um outro nome em homenagem a Luiz Albuquerque mas que na realidade esta homenagem foi dada ao rei da França, Luiz de Cáceres a a cidade passou a se chamar São Luiz de Cáceres. Estas mudanças trouxeram grande confusão, pois as correspondências que aqui chegavam vinham a cavalo, e muitas pessoas por preguiça colocavam nas cartas apenas São Luiz, ocasionando transtornos devido haver São Luiz do Maranhão e as referidas correspondências iam com o seu destino trocado e foi assim que surgiu o decreto lei estadual. Na época também haviam na reserva do Cabaçal povos indígenas denominados Bororo Cabaçais, nas margens do Rio Jaúru que liga Brasil/Bolívia, os Bororos da Campanha e nas margens do Rio Paraguai, os Bororos e os Quatós que fabricavam canoas para trocar por pinga. Hoje existem apenas descendentes das referidas tribos e o que desperta uma grande curiosidade e que na maioria das cidades que eram habitadas por tribos indígenas continuam com o seu nome de origem tendo em vista que cada tribo ou aldeia tinha um nome como por exemplo a origem do nome Poconé que foi devido a aldeia dos Bororos que era Biripoconé daí o nome Poconé. Em Corumbá aconteceu o mesmo, a aldeia lá instalada dos índios Bororos se chamava Corumbaba e a origem do rio Coxipó em Cuiabá também se deu devido a aldeia Coxiponé. As informações são de Antonio Miguel Faria Sanatori responsável pelo Museu Municipal de Cáceres que presta seu serviço no local aproximadamente 30 anos o único que possui na cidade o Diploma de Turismo expedido na época da ditadura.
 
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