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13/04/2010 - 00:00

Técnico do Instituto Chico Mendes é atacado por onça no pantanal

Por Jornal Oeste

JORNAL EXPRESSÃO Um técnico Ambiental do Instituto Chico Mendes, responsável pela manutenção da Estação Ecológica do Taimã, localizada a 200 quilômetros, abaixo no rio Paraguai, região de Cáceres, foi atacado por uma onça pintada quando se dirigiu ao gerador para ligar a energia da estação. O ataque aconteceu na noite de segunda-feira, entre 19 e 20 horas. Waldemar Ortega, 53 anos, teve a calça rasgada pelas unhas do animal. Ele acredita que só escapou com vida porque, em fração de segundos, pressentiu a presença da onça e se esquivou no momento do bote. Mesmo assim, sofreu vários pequenos ferimentos na perna e na região da barriga. É o segundo caso de ataque de onça na região do pantanal, em menos de três anos. Em junho de 2008 o pescador Luiz Alex da Silva Lara, 22 anos, foi atacado e morto, também por uma onça pintada próximo a estação ecológica do Taimã. O ataque ocorreu na localidade denominada “Pacu Gordo”. Ao contrário do servidor Waldemar, Alex Lara foi atacado quando dormia. E, não teve tempo de reagir. O pai que estava junto ainda viu o filho ser levado para dentro do matagal pelo bicho. O ataque ao técnico ambiental, conforme pescadores, ocorreu a pouco mais de 10 metros da porta da casa da estação. As onças, de acordo com os colegas do servidor, costumam freqüentar o local diante da concentração de pequenos animais e aves nas proximidades, como capivaras, jacarés e tuuiús. Ele teria informado que, pretende deixar o local porque não foi a primeira que foi atacado por onças. No ano passado, segundo os pescadores, Waldemar teria escapado depois que um felino o atacou quando fazia uma vistoria em um maquinário antigo da estação. Diretores do instituto foram informados do caso ainda na noite de segunda-feira. Após o ataque o próprio Waldemar, conseguiu um contato via-rádio com a sede em Cáceres. “Ele entrou em contato ainda na noite de segunda-feira. Mas disse que não era para se preocupar porque, estava bem. Por isso, somente na manhã de hoje (ontem) providenciamos uma lancha para buscá-lo” conta a analista ambiental do instituto Selma Onoma. Assim que chegou, em Cáceres, no final da tarde de ontem, Waldemar foi levado para sua residência em Mirassol D´Oeste. Os pescadores que trabalham na região afirmam que são constantes os ataques de onças no pantanal. “Companheiros de vários acampamentos também já foram atacados. Quem der bobeira dança” diz o pescador Dirceu Rocha afirmando que além da falta de alimentos elas são atraídas pelos roncos dos pescadores nas barracas. “Há três anos haviam muitos, jacarés, capivaras e outros bichos. Agora já não existem e para sobreviver as onças estão atacando os homens. Eles querem comida” assegura.
 
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