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11/04/2010 - 00:00

Prefeitura de Cáceres suspende pagamento construtora de empreiteiro preso pela PF

Por Jornal Oeste

JORNAL EXPRESSÃO O empresário Kurte Luiz Matte, um dos proprietários da empresa Cosman Engenharia Ltda., responsável pela obra de pavimentação asfáltica da Avenida dos Ramires, que dá acesso a IFMT, antiga “Escola Agrícola” é um dos presos da Operação Hygeia, desencadeada em Mato Grosso, na semana passada, pela Polícia Federa. A empresa, segundo a PF, seria ligada ao lobista Valdebran Padilha, um dos operadores do esquema de desvio de dinheiro público, que teria provocado um rombo de mais de R$ 50 milhões da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Assim que foi estourado o esquema o prefeito Túlio Fontes, baixou um decreto suspendendo todos os pagamentos à empresa que havia sido contratada pela prefeitura em 2008. As investigações a Polícia Federal comprovaram que havia sido feito em Cáceres. Em novembro do ano passado, a direção do IFMT denunciou a paralisação e a péssima qualidade dos serviços ao Ministério Público. O diretor da escola Olegário Baldo disse que além de o trabalho ter sido suspenso pela empreiteira, em vários locais o asfalto estava “esfarinhado”. Para justificar a paralisação e a má qualidade dos trabalhos, a empresa enviou ofício à prefeitura informando que a obra havia sido paralisada, temporariamente, porque apesar de realizado 70% dos serviços, havia recebido somente 20% junto a Caixa Econômica Federal (CEF). Á época o prefeito Túlio Fontes confirmou junto a CEF que, realmente, a Cosman ainda não havia recebido toda parte referente ao trabalho executado. E, que a liberação dos recursos, pela CEF seria feito neste mês de abril, para retomada da obra. Diante do suposto envolvimento do engenheiro no escândalo o prefeito assinou o decreto n 213 de 8 de abril, suspendendo “todos os pagamentos à empresa Cosman que foi contratada pela prefeitura de Cáceres no ano de 2008 através de procedimento licitatório n 10/2008”. Fontes determinou ainda que a Procuradoria Geral do Município, juntamente com a Secretaria Municipal e Administração, instaurem procedimentos administrativos para levantar todos os fatos referentes ao caso. “Eram contratos antigos assinados na gestão anterior, mas que, certamente, serão suspensos devido a suposto envolvimento da empresa nas irregularidades”, garantiu o prefeito lembrando que “a tendência é de a administração faça uma nova licitação para conclusão da obra”. As investigações da PF comprovaram que a empresa seria especializada em iniciar e abandonar obras sem conclusão após o repasse de notória parcela dos recursos ou executar por inteiro, porém, em quantidade e qualidade inferior ao previsto contratualmente, exatamente, como foi denunciado pela direção da IFMT. Líder do esquema, Padilha é visto como um dos mais eficientes lobistas. Em 2006, no auge da campanha eleitoral, ele foi flagrado com RR 1,7 milhão, em um hotel de São Paulo. O dinheiro apreendido seria utilizado para adquirir um dossiê contra políticos do PSDB. Padilha foi expulso do PT onde atuou como um dos tesoureiros da campanha do então candidato a prefeito Alexandre César. Ele mantinha estreitas ligações com o grupo petista liderado pelo deputado Carlos Abicalil que, por sua vez, nega a aproximidade. Prefeitura também rompe com o CRIATIO Em função do suposto envolvimento do Instituto Criatio, com o mesma esquema de fraude, a prefeitura de Cáceres editou um decreto no último dia 8, suspendendo o contrato com à empresa. Desde 2006, durante a adminsitração Ricardo Henry (PP), a OSCIP Criatio possui um contrato com a prefeitura para intermediação de prestação de serviço especialmente nas áreas de Educação e Saúde.
 
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