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05/05/2009 - 00:00

CHACINA NA BOLÍVIA: Cadáver de mulher apresenta 2 perfurações a bala

Por Jornal Oeste

Nadja Vasques A Gazeta O cadáver supostamente de uma brasileira enterrado na cidade de San Matias tem 2 perfurações a bala, uma do lado direito do tórax e outro na cabeça. Esse corpo, chamado pela perícia boliviana de corpo "A", foi o primeiro dos 6 cadáveres - 5 do sexo masculino - a ser examinado. Os corpos foram encontrados no dia 15 de abril em uma fazenda, a 15 km da fronteira com Cáceres. A exumação do cadáver durou cerca de 2 horas e ocorreu no cemitério de San Matias, onde os corpos foram enterrados temporariamente pela polícia boliviana e pela Fiscalía, órgão semelhante ao Ministério Público no Brasil, que comanda as investigações sobre a chacina. O trabalho foi realizado pelo médico forense Víctor Hugo Azogue, de Santa Cruz de la Sierra, pelo antropólogo forense Édgar Gisbert Monzón, e pelo perito em fotografia Guillermo Humérez, ambos do Instituto de Investigação Forense de La Paz. Eles determinaram que a mulher tinha entre 45 e 50 anos. Na massa encefálica foi achado um projétil, mas não foi possível determinar o calibre. Mostras de tecido e de ossos foram coletadas para análise no laboratório de La Paz. A suspeita é que essa mulher, assim como outros 4 dos 5 cadáveres encontrados, seja brasileira. A polícia acredita que o sexto cadáver seja de um cidadão boliviano, cujo apelido era "Colombiano", mas a identificação só será possível por exame de DNA e arcada dentária. A operação foi supervisionada pelo fiscal (promotor) Javier Cordero, responsável pela jurisdição de San Matias. Exército - Peritos da Polícia Federal foram obrigados pelo Exército boliviano a deixar o país quando eles já estavam no cemitério participando da exumação do cadáver feminino, tirando fotos. Segundo o major Juan Carlos Camacho, eles teriam infringido uma ordem governamental. Contrariados, os peritos brasileiros acataram a ordem, mas temem que o fato prejudique as investigações, que já estão ocorrendo no Brasil. Familiares de brasileiros que trabalhavam ou residiam na Bolívia e estão desaparecidos há cerca de 45 dias - provável data das mortes -, estão procurando a Delegacia da Polícia Federal em Cáceres para fornecer material de DNA para comparação. Mas até agora a PF não recebeu material genético dos corpos para comparação. A suspeita é de que os brasileiros assassinados trabalhassem para o narcotráfico e teriam sido mortos pelo desvio de 100 kg de cocaína do chefe do tráfico em San Matias.
 
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