Jornal Oeste

GILBERT REGIS Da Reportagem/DR A polícia de Rondonópolis prendeu na madrugada de domingo o jogador Leônico da Silva Ribeiro, 24 anos, pela acusação de tentativa de estupro. Ele é lateral-direito do Vila Aurora, time semifinalista do campeonato Mato-grossense. A prisão aconteceu às 3 horas na Toca do Tigre, a sede do time rondonopolitano. O jogador foi encaminhado ao Cisc e posteriormente à Cadeia Publica da cidade. Ele não estava escalado para o jogo de domingo contra o Luverdense, no estádio Lutero Lopes, porque cumpria suspensão automática. A vítima, uma taxista de 46 anos, acusou o jogador de tentativa de abuso sexual. Ela foi ouvida ontem pelo delegado Henrique Meneguello, que está respondendo pela Delegacia da Mulher. Segundo a taxista, que teve seu nome mantido em sigilo, o jogador estava em uma festa, no estacionamento do estádio Luthero Lopes, quando acionou o radiotáxi. Neste momento, conforme depoimento da taxista, começava a sua noite de medo. “Ele (Leônico) estava em uma festa próximo ao estádio, pegou o táxi e disse que queria ir até a Toca do Tigre (centro de treinamentos do Vila Aurora). Quando chegamos ao residencial Greenville, o passageiro disse que era um assalto e era para ele passar todo o dinheiro. Em seguida, ele disse que não se tratava mais de um assalto e queria fazer sexo, transar comigo. Neste momento, meu celular tocou e ele arrancou de minhas mãos pedindo para eu não atender”, destacava os primeiros parágrafos do depoimento da taxista. “No momento em que ele me abraçou, acionei o radio-escuta e comecei a falar repetidamente: Greenville, Greenville, Greenville...”, revelou a vitima. Conforme relatos da taxista, Leônico e ele saíram do carro e começaram a lutar por alguns minutos. “Ele me enforcava e passava as mãos no meu corpo. Ele só parou quando viu um farol se aproximando”, declarou. O farol, que a taxista se referia, era da viatura da polícia e de outros taxistas que chegaram ao local para prestar socorro. Ele teria fugido do local. Leônico nega todas as acusações. Segundo ele, a história é outra. “Eu estava numa festa no estacionamento do estádio e chamei mesmo o táxi. O detalhe é que quando eu fui pegar o táxi havia outro rapaz dentro, no banco de trás. Assim que chegamos neste bairro (Greenville), o rapaz do banco de trás anunciou o assalto. Neste momento, desci do carro e sai correndo”, destacou o jogador. Sobre os arranhados no pescoço, Leônico deu a sua versão. “Os sinais de unha no pescoço foram marcas deixadas pela Polícia. Eu não tentei roubar nem estuprar ninguém”, disse. No momento em que foi detido na Toca do Tigre, Leônico usava apenas um calção. A calça jeans, a camisa branca e o tênis, roupa que ele usava assim que saiu da festa, estavam completamente sujos e escondida debaixo da cama. O presidente do Vila Aurora, José Carlos Filho, não foi encontrado para comentar o assunto.