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08/04/2010 - 00:00

CEF libera a partir do dia 12 FGTS para atingidos pelas chuvas em Cáceres

Por Jornal Oeste

JORNAL EXPRESSÃO A Caixa Econômica Federal (CEF) começa a liberar a partir do próximo dia 12 os recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviços (FGTS) aos trabalhadores atingidos pela enchente que atingiu 20 mil pessoas nos dias 11 e 12 de fevereiro, em Cáceres. A previsão, conforme a gerência da CEF no município é de que entre 7 e 10 mil trabalhadores recebam o fundo. A informação foi dada, com exclusividade ao Jornal Expressão, na manhã de ontem, pelo gerente Márcio Chamy ao acrescentar que para evitar maior aglomeração a CEF irá designar uma equipe para fazer o atendimento e a liberação dos recursos aos beneficiários no Centro Cultural, ao lado da agência. Serão liberados, conforme Chamy até R$ 4.650,00. O gerente explica que para ter acesso ao FGTS o trabalhador terá que apresentar documentos de identificação – RG, CPF, além de comprovante de endereço para provar que ele realmente mora em alguns dos locais atingidos pela inundação, comprovadamente, pela prefeitura, através do decreto de emergência. Conforme o gerente, o FGTS será liberado até 120 dias, a contar da data do reconhecimento do estado de emergência pelo governo Federal. O estado de emergência foi decretado pela Defesa Civil Municipal, no dia 22 de fevereiro, duas semanas após a inundação e o governo federal o reconheceu no dia 20 de março. Porém, conforme Chamy, somente no último dia 31, a administração teria encaminhado a documentação a direção da CEF em Cáceres que o remeteu ao Departamento de FGTS na capital que providenciou a liberação dos recursos. O prefeito Túlio Fontes explicou que A medida foi adotada, alguns dias após a enchente porque “só após as águas baixarem pode se avaliar a extensão do dano”. Além disso, explicou que “tínhamos que seguir normas técnicas estipuladas pela Defesa Civil do Estado”. As chuvas que caíram mais de 15 horas nos dias 11 e 12 de fevereiro prejudicaram 20 mil pessoas de 19 bairros, destruiu dezenas de pontes e 40% da malha viária do município. A princípio, a comissão estadual de Defesa Civil havia recusado a adoção da medida. No dia 12 de fevereiro, um dia após o caos, o Gerente de Respostas e Avaliação de Danos, da Defesa Civil, Gerson Vargas Lopes, reunidos com várias autoridades, no gabinete do prefeito, explicou que “a decretação do Estado de Emergência ocorre apenas quando a ação causa prejuízos econômicos, sociais, ambientais e danos humanos”. E, segundo ele apesar do grande número de afetados, isso não teria ocorrido em Cáceres. Uma semana após, um relatório da Defesa Civil Municipal que percorreu os locais atingidos registrando e catalogando os danos comprovou que cerca de 40 pontes e 1,7 mil quilômetros de estradas rurais haviam sido destruídas. E, que o prejuízo era de mais de R$ 20 milhões. O pedido de decretação de estado de emergência foi reforçado pelo prefeito Túlio Fontes que em reunião com o então governador Blairo Maggi e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, em Cuiabá, apresentou ampla documentação com fotos, apontando a dimensão do desastre, oportunidade em que sugeriu a viabilidade de recursos estaduais e federais para recuperação da malha viária, pontes e demais socorros aos prejudicados pela inundação. Além das 20 mil pessoas prejudicadas, a inundação também atingiu prédios públicos e casas tombadas pelo patrimônio histórico da União.
 
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