Jornal Oeste

Assessoria/PMC O promotor de justiça de Cáceres, André Luís de Almeida afirmou ontem, em nova reunião sobre o descredenciamento do município do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste de Mato Grosso (CISOMT), que é função do MP fiscalizar as ações do consórcio. “O que está em pauta é o atendimento médico da população que depende da saúde pública”, afirmou o promotor, no final da reunião que ele julgou improdutiva. “Esta é a terceira vez que nos reunimos aqui na Câmara Municipal em torno do assunto. Na última, foi pautado que o CISOMT apresentaria um relatório de suas ações, o que não ocorreu. E à Prefeitura de Cáceres, uma solução para o impasse em relação ao descredenciamento, o que também não ocorreu. Apenas a médica Ana Maria Torraca Levy, auditora do SUS, cumpriu sua pauta ao fazer a explanação sobre o que é e como funciona um consórcio de saúde. Aliás, foi uma verdadeira aula sobre os mecanismos da saúde pública no Brasil”. O presidente do Consórcio, prefeito Nilton Borgato, de Glória D´Oeste, afirmou lamentar a decisão de Cáceres em deixar o consórcio, e acrescentou que as ações da instituição deverão ser discutidas internamente, entre os municípios consorciados. Já o prefeito de Cáceres, Túlio Fontes, afirmou que mesmo o município mantendo a decisão, ainda acredita no diálogo. “A população de Cáceres está sendo prejudicada, e o descredenciamento ocorreu porque o município não está recebendo o número de atendimentos a que tem direito. Se passar a receber, ele pode voltar a integrar o CISOMT.” Com a decisão, o município passa a contratar serviços de forma direta, através da Secretaria Municipal de Saúde. Mesmo com o município não mais integrando o consórcio, a orientação do MP é para que o CISOMT cumpra sua função contratando médicos e serviços para o Hospital Regional de Cáceres, que atende a toda a região. Pelo levantamento feito pelo Ministério Público, aquela unidade hospitalar atende com deficiência. Há aparelhos parados por falta de médicos, além de aparelhos quebrados e faltam profissionais de várias especialidades. “Enquanto a sede do CISOMT for em Cáceres, é função do MP fiscalizar suas ações”, concluiu. Também participaram da terceira audiência o vereador Leomar Mota, presidente da Câmara de Vereadores de Cáceres, e o promotor de justiça Rogério Bravim. Acompanharam as discussões os prefeitos de Rio Branco, Antonio Milanezi, e Maria Manea, de Rio Branco, além de médicos, enfermeiros e técnicos em saúde de Cáceres e região.