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30/03/2010 - 00:00

Mato Grosso pretende produzir 5 milhões de litros até 2014

Por Jornal Oeste

Da Assessoria Famato Dono do maior rebanho bovino do país, com mais de 27 milhões de cabeças, Mato Grosso tem como objetivo intensificar a participação no mercado interno na produção de leite. A meta é encerrar 2014 produzindo 5 milhões de litros por dia, salto de 200% se comparado à produção atual, que é de 1,76 milhão/dia. Para alcançar esse status, o Estado teria que chegar à produção de 4 milhões por dia já em 2012. Para isso, o Programa Mato-grossense de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite, promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder), conta com o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e outros parceiros. Hoje o Estado ocupa a 10ª posição no ranking nacional de produção de leite. Tem aproximadamente 560 mil vacas em lactação. Embora a cadeia produtiva do leite em Mato Grosso venha registrando crescimento ano a ano, encerrando 2009 com 670 milhões de litros, para triplicar essa produção em um espaço de 4 anos será necessário desenvolver algumas ações. Entre elas campanhas publicitárias que estimulem o consumo de leite e investimentos em tecnologia. "Quanto menor o uso de tecnologia, maior é a queda na produção", argumenta o coordenador do setor de Pecuária da Famato, o veterinário Carlos Augusto Zanata. Com o uso da tecnologia, o produtor pode, por exemplo, sincronizar a parição das vacas com o período da seca. Desse modo, ele tem garantida a produção de leite por pelo menos 3 meses, exatamente no período em que a produção tende a cair e que a remuneração do produtor aumenta. O uso de tecnologia na melhoria da nutrição e no melhoramento genético das matrizes é outro ponto que merece investimento do produtor. O estímulo à produção do leite deve melhorar ainda o desempenho das indústrias de laticínios. Hoje, Mato Grosso possui 55 indústrias de leite formais, e a estimativa é que existam outras 100 informais. Essas empresas têm pelo menos 50% da sua capacidade industrial ociosa, o que resulta em prejuízos, conforme Zanata. Além disso, do total de indústrias apenas 3 são cooperativas. Na avaliação de Zanata, é preciso incentivar o cooperativismo. No processo de industrialização, 60% de todo o leite do Estado se transforma em queijo, sendo 90% desses a mussarela. Cerca de 30% chegam aos consumidores como leite de caixinha ou "saco" e os 10% restantes se transformam em leite em pó e bebidas lácteas. Seca - A previsão de redução de 46% na produção de leite em Mato Grosso no período da seca (de maio a outubro) deve provocar um aumento no valor do litro pago ao produtor. Hoje, segundo o presidente da Comissão de Leite da Famato, o produtor mato-grossense recebe, em média, R$ 0,56 pelo litro do leite resfriado e R$ 0,37 pelo leite no tambor. A expectativa é o que o valor do litro de leite resfriado suba para até R$ 0,70 com o fim das chuvas.
 
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