Jornal Oeste

UFMT ´´Somatótipo e índices antropométricos associados ao perfil glicêmico e lipídico de idosas´´ é o título da dissertação que o mestrando Adilson Domingos dos Reis Filho defenderá, nesta segunda-feira, dia 29, dentro do Programa de Pós-Graduação em Biociências da Faculdade de Nutrição da UFMT. A apresentação será na sala 47 da Faculdade de Nutrição, a partir das 8h. Adilson Reis afirma que seu objetivo foi ´´avaliar o perfil antropométrico e somatótipo, posteriormente associando-os ao perfil glicêmico e lipídico de idosas, levando em consideração que o envelhecimento ocasiona modificações importantes na composição corporal de indivíduos idosos, tais como redução da massa muscular e aumento de tecido adiposo, principalmente o acumulado ao redor do abdômen, o qual apresenta correlação com a patogênese do diabetes mellitus tipo 2, do perfil dislipidêmico, da hipertensão arterial, do infarto agudo do miocárdio, da síndrome metabólica, entre outras doenças crônicas não transmissíveis.´´ Tendo como orientador o Prof. Carlos Alexandre Fett, o mestrando contou, em sua pesquisa, com 102 idosas selecionadas em três centros de convivência de Cuiabá, com idades entre 60 e 84 anos, divididas em dois grupos, um com idade entre 60-69 e outro acima de 70 anos. As participantes foram avaliadas quanto ao índice de massa corporal, à relação cintura/quadril, à circunferência abdominal, ao percentual de gordura e somatótipo – endomorfia, mesomorfia e ectomorfia. Também foram submetidas a análises da glicemia em jejum, de glicemia pós-prandial, de hemoglobina glicada, de triglicérides, colesterol total e HDL-colesterol e LDL-colesterol. Em suas conclusões, o pesquisador observou pouca associação entre o tipo corporal e a bioquímica sanguínea. Verificou que o comportamento do grupo de 60-69 anos foi o inverso do observado no acima de 70 anos, sendo no primeiro associado negativamente à ectomorfia versus glicemia pós-prandial e triglicérides; enquanto, no acima de 70 anos, houve associação positiva entre o componente endomorfia e a glicemia pós-prandial, triglicérides e colesterol total. Também foram observadas diferenças entre os indicadores antropométricos e a associação com o perfil lipídico e glicêmico entre as diferentes faixas etárias. ´´Sugere-se, assim´´ observa Adilson Reis, ´´a existência de comportamento diferenciado quanto ao aumento da massa corpórea e as alterações da glicemia e lípides plasmáticos em idosas e muito idosas. Embora frágil, a relação cintura-quadril e principalmente a circunferência abdominal foram as que mais apresentaram associação com os marcadores bioquímicos. Tal achado sugere que a relação cintura-quadril e a conferência abdominal são variáveis importantes na avaliação de comportamento de risco metabólico para idosas.´´