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02/05/2009 - 00:00

Dividas e ações trabalhistas devem levar o Cacerense à falência

Por Jornal Oeste

Gonzaga Júnior Da Editoria A falta de uma gestão profissional deve levar o Cacerense a extinção este ano, após ter conquistado os dois títulos mais importantes do futebol de Mato Grosso em apenas quatro anos de existência. Levantamento feito pelo Jornal Oeste indicam que a divida de R$ 100 mil que o clube acumulou nos últimos quatro meses, deve passar de R$ 500 mil até o final do ano. Além dos R$ 100 mil devidos a fornecedores e particularmente a comissão técnica e aos jogadores que vestiram a camisa do clube neste ano, o Cacerense já deve R$ 110 mil ao meia Juliano Morel e ao técnico Marcos Sequetto, que ganharam ações que moveram contra o clube na justiça do trabalho. Mas, a divida deve aumentar ainda mais e se tornar impagável porque ainda tramita na vara do trabalho cerca de dez ações movidas por atletas, fornecedores ex-preparadores que devem chegar facilmente aos R$ 500 mil. Sem ter como quitar o débito, o dono time Cloves dos Santos, não terá outra alternativa a não ser decretar a falência da “fera da Fronteira”. Porém, mesmo com a decretação da falência, o dirigente não se livrará de pagar a divida, já que uma Lei recente não permite a anistia de dividas trabalhistas por decretação de falência. Mas, as dividas do clube não param por ai. O presidnete Cloves dos Santos levará pelo menos dez anos para quitar um empréstimo de cerca de R$ 100 mil que fez no ano passado para honrar dividas da temporada passada. Durante este período, 50% do vencimento mensal que ele recebe como sub-tenente da reserva do Exército está comprometido com o pagamento do empréstimo. Nota redação Porque o Cacerense faliu ? Porque desde que foi criado o clube nunca se preocupou em ser uma empresa, como de fato é. Uma empresa jamais cria uma despesas sem ter uma receita segura. O Cacerense, durante os três anos que disputou o Estadual e a Copa Mato Grosso, sempre entrou nas competições contando com a ajuda do governo do Estado, com as arrecadações dos jogos em casa e com as pouquissímas contribuições do empresariado de cacerense. Sem um projeto mais arrojado para geração de receita, o clube só acumulou dividas e ações trabalhistas no últimos anos. Como uma empresa mal sucedida, está chegando ao fim precocemente e individada. O Cáceres que voltou este ano para primeira divisão precisa criar urgentemente um projeto de sustentação financeira, senão seguirá o mesmo caminho do Cacerense. Se isso acontecer será uma grande ironia. Pela primeira vez temos um estádio bonito e estruturado, mas não teremos um time competitivo que volte a dar alegria ao torcedor cacerense.
 
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