Jornal Oeste

Assessoria Algumas pessoas ainda não conseguem dimensionar os ganhos de construção da Cidade Universitária da Unemat em Cáceres e a importância que será a inauguração da sua primeira etapa neste sábado, 20, pelo governador Blairo Maggi. A obra, que já consumiu aproximadamente R$ 8 milhões, entre recursos do Estado e da União, quando estiver concluída, nos próximos cinco anos, pode elevar de R$ 60 milhões para R$ 70 milhões o volume de recursos que a Universidade, através da sede administrativa e do Campus, injeta anualmente na economia de cidade. A previsão é do coordenador do Campus, professor Adriano Silva, que diz o volume atual se equipara inclusive a arrecadação própria anual da prefeitura, estimada em R$ 60 milhões. Adriano revela que a sede administrativa movimenta R$ 18 milhões por ano com o custeio e a folha de pagamento de 170 servidores. Já o Campus, contribuiu com R$ 42 milhões, gastos com custeio e a folha de pagamento de 350 professores e 80 funcionários administrativos. O incremento do movimentado financeiro da Unemat, segundo ele, deve acontecer porque o governo já sinalizou com um aumento de R$ 20 milhões no orçamento da Universidade para este ano. Atualmente, o repasse de R$ 108 milhões, que cobre apenas o custeio mínimo e a folha de pagamento. “Com este incremento que nós pleiteamos, teremos fôlego para realizar investimentos imprescindíveis”, explica ressaltando que isso não ocorreu ao longo de 2009. Com 3.900 alunos e 620 servidores (incluído os que trabalham na sede e no Campus), a Unemat é sem duvida uma das maiores "empresas” de Cáceres. “Hoje certamente nos representamos 30% do PIB do município”, confirma Adriano Silva. O coordenador do Campus explica que além do custeio e salários, o dinheiro entra na economia da cidade através de estudantes e professores. De acordo com ele, 25% alunos são de fora. “Eles alugam imóveis e se mantém, movimentando a economia da cidade. Além disso, outros 20% moram em cidades próximas e acabam gastando, por exemplo, com a alimentação”, argumenta. Outro fator citado pelo coordenador do Campus, é que a maioria dos 400 professores veio de fora e está investindo o que ganha em Cáceres, inclusive construindo e comprando imóveis. “Esses são ganhos diretos que conseguimos contabilizar, mas ha outros indiretos, incalculáveis”, explica citando como exemplo o aquecimento do mercado imobiliário dos bairros próximos a sede administrativa e do Campus. Adriano chama a atenção ainda para outro importante ganho proporcionado pela Unemat. Ele diz que hoje muitos cacerenses que ingressaram na Universidade estão no mercado de trabalho ganhando melhor em função da qualificação. Isso, segundo ele, contribuiu para melhoria da qualidade de vida dessas pessoas. Além destes fatores, o coordenador do Campus, diz que a Unemat contribuiu e continua contribuindo para diminuir as diferenças sociais. Ele cita como exemplo projetos de extensão que promovem cultura, lazer e esporte a população de bairros periféricos. Entre estes projeto, está o Projeto Kuratomoto que atende crianças e adolescentes da Cavalhada e do Vila Irene. Adriano Silva afirma que a interação da Universidade com a comunidade deve atingir a partir deste ano, moradores a região do grande DNER com a mudança de alguns cursos para a Cidade Universitária. Ele diz que ao contrario do que se pode imaginar, a mudança não enfraquecera a área do entorno do atual Campus. “Pelo contrário, vamos manter ali os nossos cursos de especialização e outras atividades. A Universidade cresce todo dia e precisa de espaço”, enfatizou lembrando que a Cidade Universitária vai fortalecer ainda mais a economia de Cáceres e valorizar uma área tradicional da cidade, que certamente ganhará investimentos na melhoria da sua infra-estrutura. Além de concluir a Cidade Universitária, Adriano Silva diz que um de seus maiores desafios será fazer com que a população de Mato Grosso saiba da importância econômica e social da Unemat para Cáceres e para o Estado.