Jornal Oeste

Marcos Lemos Da Redação A extensão das mudanças que decorrerão da desistência do governador Blairo Maggi (PR) em não disputar as eleições de 2010 ainda são desconhecidas dos políticos, em que pese existir nos bastidores articulações para que o chefe do Executivo reveja sua posição e novamente admita discutir no mínimo a possibilidade de estar no pleito como candidato ao Senado. Mesmo assim, nos últimos dois dias iniciou-se uma articulação para que o presidente da Assembléia Legislativa, José Riva (PP), passe a admitir a possibilidade de concorrer ao governo do Estado. Essa mudança de rumo está sendo arquitetada dentro da Assembléia, por deputados dos mais variados partidos, que veem Riva como o único nome para reunir todos os atuais partidos do arco de alianças, inclusive o Democratas do senador Jaime Campos e que ainda contemplaria o atual vice-governador, Silval Barbosa do PMDB, também candidato a sucessão de Maggi, com uma cadeira ao Senado. "Basta apenas ele querer assumir essa condição de candidato ao governo do Estado para que todas as peças do tabuleiro da sucessão estadual se encaixem de forma definitiva", disse um dos mais influentes republicano que não confirma, mas aponta que essa solução agradaria inclusive o governador Blairo Maggi (PR), que ficaria responsável pela costura dos partidos do arco de alianças. A solução poderia permitir a retomada das discussões de uma ampla coligação, que inclusive contaria com o DEM ou o PT na indicação de um candidato a vice, além da preferência para o PMDB e para o PR das duas vagas de senador. Ontem, Riva esteve com o vice-governador, Silval Barbosa e com os deputados Valtenir Pereira (PSB) e Ademir Brunetto (PT) em Sinop, fazendo a adesão do município ao programa Minha Casa, Minha Vida, que contemplará o município com 1,2 mil unidades e preferiu desconversar sobre o assunto, assegurando apenas que com a desistência de Blairo Maggi o PP teria que novamente se reunir e reavaliar a situação. Perguntado sobre sua candidatura ao Senado, ele confirmou que trabalha para viabilizá-la, mas não soube precisar se "meu trabalho vai ou não conseguir convencer a população de Mato Grosso", apontou.