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01/05/2009 - 00:00

Sem motivos para comemora: 4.500 trabalhadores perderam o emprego nos últimos três meses em Cáceres

Por Jornal Oeste

Sinézio Alcântara Jornal Expressão Uma triste realidade constatada no Dia do Trabalhador em Cáceres: cerca de 4.500 trabalhadores perderem os postos de trabalho nos últimos três meses no município. É o que aponta um balanço da agência da Delegacia Regional do Trabalho. Com exceção dos finais de semana, o número equivale a 62 pessoas desempregadas por dia entre os meses de fevereiro a abril. A situação só não é mais alarmante, porque os dados do mês de janeiro sumiram do computador. As demissões são atribuídas a crise financeira internacional que assola o país. Os setores que mais demitiram, conforme a chefe da agência, Marilúcia Faria Malheiros, foram de mineração, usinas de álcool e empresas de reflorestamento. “As demissões nas usinas de álcool, mineradoras e empresas de reflorestamento, em toda região, refletem diretamente em Cáceres, porque a maioria dos trabalhadores é daqui” observa lembrando que além dos setores acima mencionados, a redução da mão de obra em muitos frigoríficos também contribuíram para o aumento do desemprego. Assim como do resto do país, o elevado índice de desemprego começou a ser comprovado na região, no final de 2008 quando estatísticas da Delegacia do Trabalho e do Sistema Nacional de Emprego (Sine) revelaram que 1.800 trabalhadores haviam perdido o emprego, nos meses de outubro, novembro e dezembro. Uma média de 600 desempregados, mensalmente. Resultado, conforme os dados, superior ao ano de 2007 quando, no mesmo período, 1.500 pessoas, também perderam os postos de trabalho. A estatística foi baseada no número de requerimentos para saque do Seguro Desemprego. Conforme o relatório da DRT, de janeiro a dezembro de 2007, 7.633 pessoas haviam requerido o seguro. No ano passado, 8.021 trabalhadores requereram o benefício. De acordo com o documento, o maior número de dispensa ocorreu no último trimestre do ano. A exemplo de agora, o aumento foi atribuído ao fechamento de postos de trabalhos nas usinas de álcool e mineradoras localizadas na região. Empresas que absorvem grande parte dos trabalhos formais em todo o Estado. Maior reflexo da situação pode ser aferido no posto do Sine. Um levantamento realizado pela coordenação local aponta para um crescimento de 50% no número de atendimentos diários. “Antes fazíamos, em média, diariamente, cerca de 80 atendimentos. Hoje, dificilmente o dia em que não passa de 120 atendimentos”, enfatiza um dos funcionários, lembrando que “desse total, em média, 20 atendimentos são para retirada de Carteira do Trabalho e o restante são pessoas procurando trabalho”.
 
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