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30/04/2009 - 00:00

Começa amanhã mais uma etapa de vacinação contra febre aftosa em Mato Grosso

Por Jornal Oeste

Fabiana Reis Da Redação Começa amanhã (1º de maio) a etapa de vacinação contra febre aftosa em Mato Grosso. O período de imunização dos animais vai até o dia 30 de maio. A estimativa é que 10,690 milhões de cabeças, de zero a 24 meses sejam vacinadas. Os pecuaristas têm até o dia 10 de junho para comunicar a vacinação ao Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea). Quem não vacinar será multado em R$ 58 (por cabeça). O lançamento da campanha estadual foi realizado nesta quarta-feira, na fazenda Lagoa do Sol, do empresário e pecuarista João Dorileo Leal, superintendente do Grupo gazeta de Comunicação. A expectativa é atingir 100% da vacinação nos animais até dois anos. Segundo cálculos do Indea, o custo da vacina é, em média, de R$ 1,17 (por dose), sendo que a aplicação da vacina é em torno de R$ 2,50. Para o governador Blairo Maggi, a imunização é importante e os produtores têm consciência disso. "Tanto é que estamos há 13 anos sem registrar nenhum foco da doença", diz o governador ao completar que na faixa de fronteira, que compreende cerca de 15 km, a aplicação da vacina será assistida pelo Indea. O superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, considera que além de não registrar a doença, a vacinação abre mercados. Como exemplo ele cita a reabertura do mercado europeu para as exportações de carne bovina in natura e a habilitação de cinco frigoríficos para exportar o produto para o Chile. Lembra ainda que o Estado conseguiu o status de livre de febre aftosa com vacinação. Fefa - Com o fim da obrigatoriedade do pecuarista de contribuir com o Fundo Emergencial de Febre Aftosa (Fefa), ao emitir a Guia de Transporte Animal (GTA) o governo está estudando uma forma de dar continuidade ou criar outro fundo em substituição ao Fefa. O governador afirma que a expectativa é que na próxima semana haja alguma evolução sobre o assunto. O presidente do Indea, Décio Coutinho, avalia que com a extinção do fundo, quem perde é o pecuarista que fica com um fundo emergencial comprometido em caso de um foco da doença e com ações de combate e prevenção. "Nossa intenção é criar um fundo sanitário. O assunto está sendo discutido entre representantes de várias entidades ligadas à pecuária". Gripe suína - O governador Blairo Maggi afirma que Mato Grosso não está sentindo os reflexos da epidemia que preocupa vários países da América do Norte e Europa. Ele diz que a comercialização está normal e que o Estado pode ter chances de aumentar as exportações de carne suína. Já o superintendente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em Mato Grosso, Chico Costa, afirma que teve notícias de que o consumo interno deste tipo de carne caiu. "Mas temos que ter consciência de que o vírus da gripe não está na carne".
 
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