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28/02/2010 - 00:00

Chuvas alagam dez bairros de Cuiabá

Por Jornal Oeste

RENÊ DIÓZ Da Reportagem Cerca de dez bairros de Cuiabá amanheceram alagados ontem devido à intensa e rápida chuva que caiu no final da madrugada e fez transbordar os córregos da região sul, especialmente o do Machado. Dentre os principais prejuízos constam casas ilhadas, pontes submersas, móveis deteriorados, vias intransitáveis e carros pifados nas ruas por acúmulo de água no motor. Os alagamentos ocorrem apenas duas semanas após a cheia do rio Cuiabá e o transbordamento do córrego do Barbado, que também provocaram sérios danos na Capital. Até a tarde de ontem, não havia ainda um levantamento fechado dos locais prejudicados pelas águas. Entretanto, segundo adiantou a Defesa Civil municipal, alguns dos bairros atingidos são Cohab São Gonçalo, Parque Geórgia, São Francisco, Parque Ohara, Jardim Mossoró, Nossa Senhora Aparecida e Jardim Tropical. Na Cohab São Gonçalo, a estimativa é de que até 40 famílias tenham sido atingidas pelas águas. Já no Parque Geórgia, outras 20, calculou a Defesa Civil, que mantém o alerta para os moradores desses locais ainda hoje, pois a previsão é de mais chuvas na Capital. O coordenador da Defesa Civil em Cuiabá, José Pedro Zanetti, explicou que a razão dos alagamentos ontem foi a soma dos fatores chuva e acúmulo de sujeira nos córregos, o que favoreceu o transbordamento deles. Ou seja, desta vez, os alagamentos na cidade não ocorreram devido à cheia do rio Cuiabá, como na última ocasião. Aliás, o nível do rio estava baixo ontem e não sugeria qualquer alerta. Um dos pontos mais críticos dos alagamentos foi o bairro Parque Geórgia. Na via principal, avenida Campina Verde (por onde passa a única linha de ônibus que contempla a região), uma ponte de madeira sobre o córrego do Machado ficou embaixo d’ água, impedindo a passagem dos moradores a bairros como Jardim Gramado e Coophema. Na mesma região, a rua Caldas Novas esteve com água chegando até o joelho dos moradores, deixando algumas casas totalmente ilhadas. Algumas crianças chegaram a brincar boiando na água fazendo pranchas com pedaços grandes de isopor. Outro ponto crítico na cidade foi a Cohab São Gonçalo, onde a população teve de se virar para conseguir transitar nas ruas. De manhã, muitos começavam a retirar a lama que invadira os cômodos e tentavam recuperar parte dos móveis e eletrodomésticos encharcados. Entretanto, para alguns, nem isso foi possível, por terem suas casas construídas no nível da rua. Foi o caso do pedreiro Luiz da Cunha, 62 anos, morador da rua A. “Só consegui suspender a geladeira. O resto, vou perder tudo mesmo”, lamentou, com a água passando dos calcanhares. Até mesmo o trânsito da avenida Palmiro Paes de Barros foi prejudicado pelas águas. Até o meio-dia, os carros tinham de passar em marcha lenta em meio às águas no sentido Parque Cuiabá – Centro. Passando pela avenida, avistavam-se várias ruas com água acima do meio-fio. Na cidade vizinha, também foram sentidos alguns pontos de alagamento, porém, menos graves que os de Cuiabá.
 
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