Notícias / Mato Grosso

23/02/2010 - 00:00

Família Vedoin é alvo de mais uma ação contra fraudes

Por Jornal Oeste

Kelly Martins OLHARDIRETO O empresário Darci José Vedoin e seu filho Luiz Antônio Trevisan Vedoin, responsáveis pela empresa cuiabana Plana, são alvos de mais uma ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal em Sergipe por envolvimento no escândalo conhecido como a "máfia das sanguessugas". Na ação consta também o nome de Clélia Maria Vendoin e Alessandra Vedoin (esposa e filha de Darci). A família é acusada de participar de fraude a uma licitação que visava à compra de uma ambulância para o município de São Domingos. A fraude custou aos cofres públicos 98 mil reais em valores não atualizados. As provas presentes no processo apontam que houve superfaturamento de cerca de 45% do valor real do veículo. O MPF de Sergipe também apontou o envolvimento de outros empresários como Marco André Esteves dos Anjos (Esteves & Anjos); João Carlos Santos da Silva e Celeste Regina Manhães (NV Rio); Adilson da Silva Guimarães (Adilvan Distribuidora) e Ronildo Pereira de Medeiros (Frontal). O ex-prefeito de São Domingos e outros agentes públicos que participaram dessa fraude são réus de uma ação movida pela Advocacia-Geral da União. Esta outra ação, porém, não inclui entre seus réus os empresários que estão sendo processados pelo MPF/SE. Caso sejam condenados, os réus poderão ser obrigados a ressarcir o dano causado aos cofres públicos, pagar multa, perder os direitos políticos por até oito anos e ser proibidos de contratar com o Poder Público por até cinco anos. Conforme o Olhar Direto publicou, Darci José Vedoin e Luiz Antônio Trevisan Vedoin já participaram de pelo menos 200 audiências em Mato Grosso entre o último ano e os primeiros meses de 2010 por envolvimento no esquema de fraude em licitações na compra de ambulâncias que movimentou R$ 110 milhões. Além disso, a família Vedoin participa de outras 300 ações de improbidade em todos os lugares onde as ambulâncias foram vendidas, ou seja, praticamente em todo o país. Sanguessuga O esquema, que atuou em praticamente todos os estados do país durante cinco anos, utilizava recursos provenientes de emendas parlamentares direcionadas à área da saúde, principalmente à compra de ambulâncias e equipamentos hospitalares. A organização criminosa atuava em quatro fases distintas: negociação de emendas orçamentárias aos municípios; execução orçamentária, inclusive elaborando projetos para formalização de convênios; manipulação de processos licitatórios – como neste caso de São Domingos; e repartimento do dinheiro público desviado entre agentes públicos, lobistas e empresários.
 
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