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22/02/2010 - 00:00

Diógenes defende construção de mais celas e ações na fronteira

Por Jornal Oeste

Patrícia Sanches RDNEWS A pouco mais de um mês de deixar o comando da secretaria estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), junto com outros membros do staff e do próprio governador Blairo Maggi (PR), o secretário Diógenes Curado avalia que os principais desafios do setor são o sistema penitenciário, a profissionalização dos servidores e o monitoramento da fronteira de 700 quilômetros. Numa espécie de balanço dos rumos do setor, Diógenes lembra que as dimensões territoriais do Estado dificultam o aprimoramento das políticas públicas. Isto o leva a defender, inclusive, a construção de mais celas para detentos, em contraposição às novas tendências mundiais de ressocialização. “Em 2003, quando Maggi assumiu o posto, eram 3 mil presos, agora são 11 mil. As demandas são outras e precisamos investir mais na construção de Centros de Detenção”, defende. Cada um deles custa R$ 1,2 mil ao governo. Em relação aos infratores menores de idade, ele pondera que só existe no Estado um Centro Sócio-Educativo, o Pomeri, que segue todas as normativas necessárias. Além do Pomeri, os menores de idade ficam em Rondonópolis e Cáceres, onde existem locais considerados adequados. “Vamos investir R$ 7,5 milhões para construir um Centro de Ressocialização em Várzea Grande, que abrigará 50 menores”, conta Diógenes. Os recursos são provenientes do governo federal e R$ 2,5 mil do estadual. Outro desafio da Sejusp é o monitoramento dos 700 quilômetros de fronteira. Hoje este trabalho é feito por 100 policiais do Grupamento Especial de Segurança de Fronteira (Gefron), mas também conta com a ajuda da Polícia Federal e às vezes até do Exército Brasileiro. Somente no ano passado, o Gefron apreendeu uma tonelada de cocaína e a PF cerca de quatro toneladas. “Mato Grosso é um ponto estratégico para o tráfico porque fica perto dos grandes centros e é muito difícil coibir o tráfico de drogas”, afirma Curado. Transição No início de abril, o vice-governador Silval Barbosa vai assumir o comando do Palácio Paiaguas e decidir se Diógenes vai continuar ou não no cargo. A pasta gerida por Curado é complexa. Diante disso, especula-se que ele não deixará o posto, mas, por enquanto, nada foi definido, garante o secretário. “Ele (Silval) tem que avaliar se eu fico ou não, dentro da conveniência política dele. Às vezes um novo secretário pode até melhorar o setor nesse período”, avalia. O próprio governador chegou a declarar que considera a pasta muito complexa para fazer alterações, mas pondera que Silval terá total liberdade para montar o seu staff.
 
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