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21/02/2010 - 00:00

Chuvas causam muitos prejuízos e fazem prefeitura de Cáceres decretar situação de emergência

Por Jornal Oeste

Sinézio Alcântara Cerca de 40 pontes, equivalente a 45% dos acessos a comunidades e assentamentos de trabalhadores rurais, foram destruídas pelas chuvas dos últimos dias em Cáceres. O transtorno também é verificado nas estradas. Pelo menos 1.700, dos 4 mil quilômetros de estradas vicinais, equivalente a 40% da malha viária, estão intransitáveis. O prejuízo é avaliado em mais de R$ 20 milhões. Os cálculos são da Comissão Municipal de Defesa Civil que percorre, diariamente, os locais atingidos, registrando e catalogando os danos causados pela enchente. O prefeito Túlio Fontes (DEM) já prepara a decretação de estado de emergência. Nos últimos três dias, o rio Paraguai vem baixando lentamente. Mas permanece acima da cota de alerta. Ontem, estava com 5,60 metros, 20 centímetros acima da cota que é de 5,40 metros A situação continua preocupante. No rio Jauru, um dos afluentes do rio Paraguai, na quinta-feira, a água havia invadido casas de vários moradores ribeirinhos. Centenas de alunos da zona rural estão sem aula porque o transporte escolar está paralisado por causa da precariedade das estradas. Vários produtores de leite estão tendo prejuízos porque não têm como tirar a produção e levar aos laticínios da região. "Ainda não existe um número oficial do dano. Mas as informações preliminares são de que mais de 40 pontes e cerca de 40% da malha viária rural foram destruídas" afirmou o vice-prefeito e secretário de Obras, Wilson Kishi. O secretário de Indústria e Comércio, engenheiro Adilson Reis, informou que a Defesa Civil Municipal está elaborando um relatório que será enviado, nesta semana, para a Defesa Civil do Estado, informando a dimensão do desastre. O relatório aponta que além das 20 mil pessoas prejudicadas, a inundação também atingiu prédios públicos e casas tombadas pelo patrimônio histórico da União. Apesar do número de prejudicados ser considerado alto, a administração diz que não há motivo para pânico porque "há um plano básico de atuação que está sendo empregado, conforme a necessidade". A Comissão de Defesa Civil continua distribuindo água potável e hipoclorito de sódio aos moradores dos bairros onde o sistema de abastecimento foi comprometido pelas chuvas. Apesar da pequena redução do volume de água, o comandante da Marinha, capitão Pedro Garcia, faz um alerta. "A população ribeirinha precisa ficar atenta para aumento do volume das águas. É recomendável que ela tenha um local seguro para se abrigar em caso de inundação".
 
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