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20/02/2010 - 00:00

Pedro Henry tenta reeleição sem prefeitura de Cáceres, cassado e devendo explicações a justiça

Por Jornal Oeste

MEGADEBATE Tido como campeão das listas em Brasília, o deputado Pedro Henry (PP-MT), é figura carimbada nos inúmeros escândalos que ocorrem na capital federal. Ele foi citado em praticamente todos os escândalos de repercussão nacional onde havia envolvimento de parlamentares. Henry responde, por exemplo, a ação penal no Supremo (STF nº 470/2007), que é o caso do Mensalão, onde foi acusado pelo ex-deputado delator Roberto Jeferson, de ser um dos beneficiários da mensalidade que o governo Lula pagava com dinheiro público a deputados bonzinhos que com ele se aliavam. Neste caso, Henry é denunciado por formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Também transcorre na justiça (TRF-1) Seção Judiciária de Brasília, processo por Improbidade Administrativa Nº2007.34.00.029882-3. Henry é processado em ação civil movida pelo Ministério Público, também referente ao caso do Mensalão. Já no TRF da 5ª Região (aqui), Henry é denunciado por parcipação no caso que ficou conhecido como sanguessugas. Neste ítem, Henry é agravado em processo referente à Ação Civil Pública Nº2006.36.00.013541-6, por improbidade administrativa, que tramita em primeira instância na 5ª Vara Federal do Mato Grosso. No TSE, existe Recurso Contra Expedição de Diploma Nº668/2007 (aqui). O caso investiga Compra de votos e uso da máquina administrativa. O processo oriundo do TRE-MT (Recurso Contra Expedição de Diploma Nº52/2006), foi proposto pelo Ministério Público Eleitoral. Uma histórica bastante conhecida é a de que o grupo formado por Henry e outros deputados teriam recebido R$ 4,1 milhões do governo federal como pagamento pela obediência. Em depoimento à Justiça Federal, o empresário Luiz Antônio Vedoin, da Planam, que é acusado de ser um operadores do caso Sanguessuga, disse ter dado ao deputado em 2002 uma Blazer 0 km, além de R$ 140 mil em propina. Segundo Vedoin, era o próprio Henry quem negociava as licitações com os prefeitos. A camionete não foi incluída pelo deputado em sua declaração de bens; ele afirma que, entre 2005 e 2006, vendeu o veículo e restituiu à Planam o valor correspondente. O deputado também foi flagrado pelas escutas telefônicas da Polícia Federal sobre o caso, tentando agilizar o andamento de uma emenda no ministério. Por isso ele responde a processo de improbidade administrativa na Justiça Federal do Mato Grosso. Na Operação Pacenas, caso que investigou maracutaia nas obras do PAC em Cuiabá, suspeita-se que Henry tenha sido o deputado não citado pelo procurador Mário Lúcio Avelar. Avelar disse em uma entrevista coletiva que um deputado federal de Mato Grosso estaria envolvido no esquema, mas até hoje deve a sociedade este nome, e suspeita-se que ele seja mesmo o de Pedro Henry. Henry ainda teve o mandato cassado pelo Justiça Eleitoral por compra de votos e gastos de campanha ilícitos. O deputado permanece no exercíco do mandato parlamentar em função de liminar concedida pelo TSE, enquanto aguarda a análise de recurso contra a decisão. O Ministério Público Federal interpôs ação acusando a família Henry de monopolizar meios de comunicação no município de Cáceres. De acordo com os autos, a família detém a TV Pantanal, a TV Descalvados e a Rádio Clube de Cáceres. O MPF afirma ainda que "laranjas" teriam sido usados como sócios para encobertar o monopólio e garantir a neutralização de adversários políticos da família. Mas mesmo assim, Henry, com toda a verve política que lhe é peculiar, sobrevive em meio as intempéries de ações e acusações contra si. Este ano será candidato a reeleição, mas não terá o apoio da prefeitura de Cáceres, cidade que já governou e onde o prefeito eleito, Ricardo Henry, que é seu irmão, também foi cassado pelo justiça.
 
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