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17/02/2010 - 00:00

Isaias Bezerra denuncia ao Ministério Público supostas irregularidades na Câmara de Cáceres

Por Jornal Oeste

Sinézio Alcântara JORNAL EXPRESSÃO O vendedor e ex-repórter da tevê Descalvados, Oziol Bezerra de Paula, o “Isaias Bezerra” voltou a denunciar supostas irregularidades na Câmara Municipal. Desta vez, ele recorreu ao Ministério Público, sugerindo a investigação sobre a aquisição de computadores, segundo ele, superfaturados; o aumento considerado abusivo no valor das diárias pagas aos vereadores e ainda à demissão, sem justa causa, de uma assessora do vereador Cabo Nilson (PSB) afastada do cargo porque, segundo ele, estaria disposta a “relatar” fatos relacionados a uma denúncia anônima sobre empréstimos de funcionários ao presidente da Casa, vereador Leomar Mota (PP). É a segunda vez em que Bezerra denuncia supostas irregularidades na gestão do presidente Leomar Mota. No mês de dezembro ele já havia feito a denuncia a um tablóide local. Apesar de insinuar diretamente ações de corrupção, o vendedor diz que “queremos apenas um esclarecimento sobre como está sendo gasto o dinheiro público”. Ele diz que, recorreu ao Ministério Público, porque enviou ofício a direção da Câmara, há mais de 30 dias, e até hoje não obteve resposta. Em depoimento ao promotor André Luis de Almeida, Isaias Bezerra, sugere investigação sobre a aquisição de vários notebooks pela Câmara, no final do ano passado. Ele afirma que há indícios de superfaturamento na aquisição e que foram adquiridos na loja de um irmão do ex-vereador Rubens Macedo que, segundo ele, tem um filho empregado na Câmara. Pede ainda “providências” quanto ao aumento, considerado abusivo, no valor das diárias. “Ao que se sabe o valor da diária passou de R$ 180,00 para R$ 580,00 e cada vereador recebe de 4 a 6 diárias todo mês”, disse. Na avaliação de Isaias Bezerra, o valor das diárias pagas aos vereadores é “uma afronta” à maioria dos trabalhadores que trabalha um mês para receber salário mínimo de R$ 520,00. “Ora isso é uma afronta. A maioria dos trabalhadores brasileiros trabalha o mês inteiro, de sol a sol, para receber salário mínimo, enquanto os nossos vereadores recebem além do subsídio de mais de 4 mil reais, essas diárias, a maioria sem necessidade e com valor exorbitante”. Por fim ele requer que o Ministério Público apure o caso da demissão de uma assessora do vereador Cabo Nilson que, segundo ele, foi afastada da função porque ela estaria disposta a “relatar” fatos relacionados a uma denúncia anônima que também já foi protocolada na promotoria, sobre a realização de empréstimos de funcionários ao presidente da Câmara. Ele diz que “há informações de que os funcionários faziam os empréstimos bancários em nome deles, mas o dinheiro iria para o presidente Leomar Mota. Isso tem que ser apurado”, disse afirmando que “nenhum dos funcionários querem falar sobre o caso porque temem ser demitidos”.
 
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