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26/04/2009 - 00:00

Alexandre nega crime eleitoral e culpa grupo de Serys

Por Jornal Oeste

RDNEWS Acuado por causa do surgimento de novos documentos sobre uso de caixa 2 em sua campanha a prefeito de Cuiabá em 2004, o deputado petista Alexandre Cesar declarou neste sábado, durante seminário do PT na Capital, que se sente perseguido por correntes de seu próprio partido que estariam conspirando em favor da senadora Serys Marly. Nesta sexta (24), o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) protocolou formalmente no Ministério Público Federal um dôssie com novas provas contra o deputado - saiba mais aqui. “Não sei do que se trata, mas tudo indica que mais uma vez um setor do PT demonstra como faz uma disputa interna”, disparou Alexandre, que disputou o Palácio Alencastro em 2004 e perdeu no segundo turno para o tucano Wilson Santos. O parlamentar e ex-presidente regional do PT já responde na Justiça por crime eleitoral. Irritado por causa do assunto, Alexandre chegou a confirmar que as suspeitas recaem sobre o grupo que apoia a pré-candidatura à reeleição da senadora. Serys faz parte de uma corrente que ela prefere denominá-la de "independente". Tem a simpatia da Articulação de Esquerda, capitaneada pelo presidente do diretório de Cuiabá Vilson Aguiar e do seu antecessor Jairo Rocha. Já Alexandre é da Unidade na Luta, campo majoritário petista que agrega outros líderes, como o deputado federal Carlos Abicalil e o estadual Ságuas Moraes, que hoje responde pela secretaria estadual de Educação. “Eu não quero deixar esse cadáver insepulto. Se houve alguma irregularidade não foi da minha anuência e nem do meu conhecimento e a responsabilidade é desse grupo, que coordenava a campanha”, ataca Alexandre. Diante das acusações, Alexandre disse que já está investigando e, se for confirmado que se trata de um grupo de dentro do PT, vai tomar as medidas cabíveis junto ao partido. “Tem um segmento que não quer discutir, quer atropelar o processo de discussão com relação às eleições de 2010 e de troca de comando do PT, como aconteceu em 2007”, afirma. Para Alexandre, ainda é cedo para discutir nomes rumo as próximas eleições, mas, em sua opinião, para o PT em Mato Grosso não é indispensável disputar a “cabeça de chapa”, dentro do arco de alianças. “Pode ser. Tem nomes para ser, mas não precisa necessariamente”, salienta. Segundo ele, o que não pode acontecer é querer impor candidatura sem discussão. “É precipitado não respeitar o calendário interno. Não pode descer goela abaixo como estão querendo fazer”, insinua o deputado, em mais uma insinuação ao grupo da senadora Serys. Manobra Aliado de Alexandre, o deputado Carlos Abicalil, presidente estadual do PT, disse que as novas denúncias tem o intuito de desestabilizar os encontros promovidos pela atual Executiva e que não passam de um “café requentado”. “Trata-se de um tema que já está sendo ajuizado. Essas forças estão interessadas em outros temas”, rechaçou. Ele preferiu não criar polêmicas com o grupo da senadora. Já Serys se limitou a dizer que não há nenhum tipo de disputa interna e que ela continua trabalhando normalmente com vistas à reeleição ao Senado. Após uma carreira política em decadência ao acumular uma série de derrotas, com as candidaturas de vice-prefeito e de prefeito, nos pleitos de 2000 e 2004, respectivamente, e em 2002 ao governo do Estado, Alexandre Cesar comenta que poderá até ficar de fora do pleito de 2010. “Eu nunca fui candidato de mim mesmo. Posso não ser candidato a nada e até voltar para os bancos da faculdade”, diz o petista, que é procurador do Estado e professor universitário. Alexandre ficou na primeira suplência nas eleições de 2006 e assumiu cadeira na Assembleia com a licença do titular Ságuas Moraes para ocupar a pasta da Educação. (Sandra Costa e Patrícia Sanches)
 
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