Notícias / Politica

15/02/2010 - 00:00

Nacional do PDT veta PSDB de Wilson e leva partido para apoio a Mendes

Por Jornal Oeste

Patrícia Sanches RDNEWS O PDT nacional vai impor à Executiva em Mato Grosso uma única exigência: proibido qualquer coligação em apoio à candidatura do PSDB. O aviso partiu neste domingo do secretário organizacional e presidente nacional da Juventude pedetista Luizinho Martins. Em entrevista, por telefone, ao RDNews, ele explica que o PDT já fechou apoio ao nome da ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff, pré-candidata à Presidência pelo PT e que a orientação é no sentido do partido não fechar aliança com o tucanato, que estará em outro palanque com José Serra. Na prática, os pedetistas, com respaldo da direção nacional, vão fechar apoio ao nome do empresário Mauro Mendes (PSB), pré-candidato a governador, embora o clima hoje seja de racha porque uma corrente da legenda defende composição com o tucanato em adesão ao nome do prefeito cuiabano Wilson Santos. O próprio pré-candidato tucano tem afirmado que confia no apoio do PDT e que espera retorno de Mário Márcio Torres ao comando do diretório municipal, o que facilitaria essa cooptação. Acontece que hoje o presidente é o vereador Toninho de Souza que, em sintonia com a direção regional, sob Otaviano Pivetta, resiste a ideia de estar no palanque de Wilson. Luizinho afirma que a decisão dos pedetistas fecharem com o PT está sacramentada, já que o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) não decide se será candidato ao Planalto, o que consolida o apoio para Dilma. A composição com o petismo é liderada pelo ministro do Trabalho Carlos Roberto Lupi, que comanda o diretório nacional. “O PSB de Ciro Gomes é bem diferente do PSDB. Trata-se de um partido popular, democrático que defende o governo Lula”, observa Luizinho, diante de duas alterantivas de apoio ou para Dilma ou para Ciro. Na próxima quinta (18), no encontro regional em Cuiabá, o PDT vai reforçar aliança com o PSB de Mendes. Seus dirigentes querem fazer barulho. Da Nacional vai estar presente o secretário-geral Manoel Dias. Até lá, os grupos se movimentam na esperança de evitar racha. Por enquanto, não há acordo. O vereador licenciado e secretário de Cultura Adevair Cabral, por exemplo, defende apoio ao PSDB, mais por uma questão de conveniência pessoal. O ex-vereador Aurélio Augusto, secretário de Esporte e Defesa, segue a mesma linha. Ambos lutam, no fundo, pela permanência no primeiro escalão. Há rumores de que a direção nacional possa, inclusive, baixar uma resolução para pôr fim à polêmica e tirar de vez o PDT dos braços de Wilson Santos. Luizinho Martins prefere desconversar sobre o assunto, embora reforce a orientação anti-tucana. “Não há a mínima possibilidade de uma aliança com o PSDB em Mato Grosso. Não diria que se trata de uma intervenção, mas acredito que todos os nossos companheiros entenderão que estamos inseridos em um processo histórico eleitoral e que não podemos apoiar o PSDB”. Ainda segundo ele, os membros da executiva nacional estão acompanhando de perto o desenrolar das negociações nos Estados. “Num primeiro momento estamos fazendo uma análise de caso a caso”. Luizinho reclama do que classifica de intervenção no PDT de outras legendas. “Não aceitamos essas influências externas, essa intervenção dentro do nosso partido”. Afirma que o PDT não deve encabeçar chapa ao governo de Mato Grosso, mas apresenta nomes capazes de disputar cadeiras de deputado federal e senador. Preferiu, por outro lado, não declinar quais seriam esses pré-candidatos. Ainda segundo o dirigente da Juventude pedetista, o partido não tem nada contra A, B ou C e vai respeitar os debates internos, mas as executivas têm que levar em consideração o que pensa a direção nacional.
 
Sitevip Internet