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08/02/2010 - 00:00

Professores estaduais aceitam aumento e descatam a greve

Por Jornal Oeste

Redação 24 Horas News A greve dos professores da rede pública estadual está descarta e as aulas iniciaram normalmente na manhã desta segunda-feira, no início do ano letivo de 2010. A garantia foi dada pelo presidente do Sintep – Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público – Gilmar Soares, que confirmou para hoje, às 14h, na Escola Estadual “Presidente Médici – a assembléia geral que vai aceita a proposta do governo de aumento de 4,11% correspondente a inflação e perdas do último ano mais um ganho de 4%. A proposta eleva os salários dos professores em início de carreira para R$ 1.135,00. Ao confirmar que a categoria descartou a greve, aceitando a proposta do governo, Gilmar Soares explicou que a assembléia a ser realizada na tarde desta segunda-feira tem como objetivo fortalecer a categoria para que o governo antecipe o aumento de maio para janeiro. "Vamos negociar e cobrar para que seja retroativo a janeiro", explicou. "Com este aumento, o piso dos professores passará para R$ 1,135 e ainda ficará abaixo do piso nacional que defendemos que é de R$ 1,315", acrescentou Soares. O sindicato não descartou o estado de greve. Gilmar Soares disse em entrevista a rádio CBN Cuiabá e quem em maio haverá nova rodada de neociação. "Não vamos abrir mão que o Estado cumpra a lei e invista os recursos do IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica) destinados para a educação pública. Só no ano passado, deixaram de ser investidos R$ 60 milhões. É um castigo para a educação. Se, até maio, o governo não aplicar estes recursos vamos novamente cogitar greve. A educação mato-grossene continua muito carente de investimentos e não podemos abrir mão que seja cumprida a lei do IRPJ", acrescentou o presidente do Sintep. A categoria vai aproveitar a Assembléia Geral também para discutir a questão dos professores interinos, os chamados contratados. Gilmar Soares entende que estes professores precisam ter os mesmos direitos do professores efetivos, com valorização salarial, o que não acontece hoje, quando um interino, mesmo com 10, 20 anos de trabalho recebe o piso salarial. “Estamos brigando com o governo, que não realiza concursos público. É preciso rever o que fazem com estes professores, que nem férias tem direito. A Seduc ficou de apresentar uma proposta nos próximos dias. Vamos cobrar, ficar atentos”, promete.
 
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