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06/02/2010 - 00:00

Defesa Civil de Cáceres quer reduzir cota de alerta do rio Paraguai

Por Jornal Oeste

Gonzaga Júnior Da Editoria Os prejuízos causados pela enchente de janeiro de 2007, que inundou 60% da cidade de Cáceres, poderiam ter sido evitada se a cota de alerta estabelecida para medir “a subida” do rio Paraguai fosse de 4 metros e não de 5,40 metros com é atualmente. O alerta foi feito pelo Major Ramão Correa, comandante do Corpo de Bombeiros, durante reunião que marcou a recomposição da Comissão Municipal de Defesa Civil. Apesar de estar convicto de que a medida impediria os prejuízos, Correa, propôs a elaboração de um parecer técnico para atestar que mesmo antes de atingir a cota de alerta, o rio já provoca o refluxo das águas das chuvas que seguem em direção as baias e ao Paraguai, pelos vários canais que cortam a cidade, entre eles o Sangradouro. Responsável pelo monitoramento do rio, a Agência da Marinha, é favorável a revisão da cota da alerta. Para o comandante da Agência, capitão-tenente Pedro Garcia de Carvalho, quando se trata da segurança da população, todas as medidas preventivas precisam ser adotadas. Responsável pela organização da Defesa Civil Municipal, a prefeitura já se adiantou e indicou uma equipe técnica para coordenar o estudo. O prefeito Túlio Fontes encarregou o engenheiro Adilson Reis, secretário de Indústria e Comércio de conduzir o trabalho. Adilson Reis, alias, afirma que já defende a revisão da cota de alerta há anos. O engenheiro disse que concorda com a tese do Corpo de Bombeiros e acrescenta que em relação ao Sangradouro, a situação se agravou após a canalização de um trecho 500 metros, há alguns anos, que potencializou a saída da água na Baia de Cáceres, ao lado da Praça de Eventos. “Antes, quando o rio subia a água entrava pelo Sangradouro, ela se expandia. Com a canalização, o rio passou a represar o Córrego que não permite o escoamento das águas pelas galerias fluviais. Esse foi um dos fatores que provocaram a enchente de 2007”, explica. Reis admite que a redução da cota de alerta não evitaria uma nova enchente, caso ocorra uma precipitação como a de 2007, mas afirma que ela deixará a população em alerta. Preocupação Um alerta lançado recentemente pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) com sede em Corumbá, no Mato Grosso Sul, está colocando as autoridades cacerenses em alerta. Na próxima semana a Comissão Municipal de Defesa Civil passará a se reunir periodicamente para atualizar o Plano de Contingência utilizado em casos de sinistros como uma enchente. A próxima reunião será na sede do Corpo de Bombeiros onde deve ocorrer a posse dos novos membros da Comissão e a escolha de um coordenador geral. A diminuição das chuvas na ultima semana na região onde estão os formadores do rio Paraguai em Cáceres, manteve a régua que mede a cota de alerta, em 4,40 metros. Mas, a Marinha e o Corpo de Bombeiros recomendam que a população fique atenta, pois há previsão de muita chuva até o final de março.
 
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