Jornal Oeste

Raquel Ferreira Da Redação Os funcionários da rede pública de ensino de Mato Grosso vão paralisar as atividades hoje, 24. A manifestação será realizada em todo o Brasil para pressionar os governantes que ainda não implementaram o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) de R$ 950. A paralisação de 24 horas exige dos governantes o cumprimento da Lei 11.731/08, sancionada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em julho do ano passado e já deveria estar em vigor. O Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) destaca que mesmo com a lei sancionada, muitos Estados e municípios do país não aderiram ao salário proposto pelo governo Federal, alegando que o valor estipulado é alto. O presidente do Sintep/MT, Gilmar Soares Ferreira, lembra que há, inclusive, ação contra o piso no Supremo Tribunal Federal (STF). Para Ferreira, é importante a mobilização da categoria em busca dos seus direitos. Em Mato Grosso, os trabalhadores da educação realizam vários encontros e reuniões para discutir a situação da classe, que mantém o ensino público em estado de greve até o dia 15 de maio, quando nova paralisação deve ser realizada. Em Cáceres a manifestação deve ocorrer no período da manhã na Praça Barão do Rio Branco e tem como foco a aplicação dos 25% do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) na Educação, garantidos pela Constituição Federal. Segundo o Sintep/MT, R$ 250 milhões do IRRF deixam de ser aplicados na educação estadual. Do montante, 60% seria para pagamento de salários. Outras queixas são relacionadas a concursos públicos, agilidade na reforma das escolas. A intenção é realizar uma caminhada pela incorporação do imposto na receita educacional. Os trabalhadores reivindicam ainda aumento do piso salarial para R$ 1.050.