O cardiologista Sérgio Arruda (PP), pela quarta vez, anunciou sua pré-candidatura a prefeito de Cáceres. Apesar de ter sido um belo lançamento, e com o slogan de ‘Agora é pra valer’, pode ser a quarta desistência do médico. O PP, partido que escolheu para lançar sua candidatura, está em processo de federalização com o Republicanos e União Brasil. A vinda do União Brasil ainda está em discussão, porém, com o Republicanos a federalização é certa. E, nesse caso, quem vai mandar na Federação é o Republicanos, do deputado estadual Valmir Moretto, doutor Leonardo e do vice-prefeito Odenilson Silva, que está e vai continuar com prefeita Eliene Liberto Dias (PSB), em caso de reeleição. A única vantagem da Federação será em relação a chapa de vereadores que poderá fazer até quatro vereadores.
Não vinga
Em meio a repercussão do lançamento da pré-candidatura do cardiologista Sergio Arruda pelo PP, conversei com ao menos cinco interlocutores políticos com experiência nas eleições municipais em Cáceres. A maioria esmagadora afirmou com convicção que a disputa da prefeitura terá no máximo quatro candidatos. Os nomes descartados são do ortopedista Vicente Palmiro e do vereador professor Leandro dos Santos (UB).
Federação
Outro lançamento foi a definição da pré-candidatura de James Cabral no PT. Apesar de ser uma candidatura com pouca ou nenhuma chance de eleição, atrapalha. Ele teve 5.088 votos em 2020, sem Lula no governo e sob forte pressão bolsonarista. O quadro para ele melhorou, mas não fez o dever de casa para disputar uma prefeitura. Na prática, vai ajudar a chapa de vereadores. Mas, a sua candidatura pode ganhar musculatura caso se confirme o acordo estadual para o PSD E O MDB, se aliarem as candidaturas petistas no Estado. Com isso a Federação Brasil da Esperança, formada pelo PT, PC do B e PV, volta a ter chances de fazer a maior bancada da Câmara de Cáceres. O apoio aos petistas, salva as chapas de vereadores do PSD e do MDB.
Noiva
O terceiro vereador mais votado em 2020, Luiz Landim está na posição de noiva para ser candidato à reeleição. Em uma posição confortável na Federação Brasil da Esperança, tem chance de se reeleger sem fazer força, desde que a Federação sustente a candidatura majoritária. Cortejado pelo MDB e PL, também só vai se esses tiverem candidato, o que não deve acontecer. O efeito ruim dessa posição de noiva é que ele não está trabalhando a base de candidatos do PV. Vai acabar sobrando vagas para o PT e o PCdoB.
Janela
Ao menos oito vereadores de Cáceres devem aproveitar a janela que se abrirá está semana para trocar de partido. Franco Valério deve deixar o PROS e ir para o Republicanos, o mesmo caminho podem seguir os vereadores Pastor Júnior e Isaias Bezerra. Os vereadores Marcos Ribeiro (PSDB) e professor Leandro dos Santos (UB) estão com um pé no PSD. Fonte da Coluna diz que o vereador Flavio Negação (UB) deve ir para o MDB e o vereador Lacerda do AKI (PRTB) tem convites para ir para o PL. Quem também tem convite do PL é o vereador Rubens Macedo (PRD). No dia 6 de abril nós confirmaremos estas informações.
Coxinha
O ex-prefeito de Cáceres, Francis ‘da Orla’ (PSDB), mostrou em entrevista ao site Olha Direto neste final de semana, que ainda não digeriu a derrota para sua ex-vice, Eliene Liberato Dias (PSB). Só quem não sabe o que de fato aconteceu acreditou no seu ‘choro’. A verdade é que Francis, pilhado por meia dúzia de babões, que não queriam perder a teta, impôs o nome do diretor da Autarquia Águas do Pantanal a época, Paulo Donizete, como vice. Eliene não aceitou pois não era um nome que agregaria politicamente. Pilhado pelos babões, Francis então decidiu retirar o seu apoio a sua vice para bancar a candidatura de Paulo Donizete. Eliene agiu corretamente pois mesmo com apoio financeiro e da ‘máquina’ da prefeitura, Paulo Donizete teve pouco mais de 5 mil votos, ficando em terceiro lugar, empatado tecnicamente com o petista James Cabral. O projete de Eliene para chegar a prefeitura era tão viável que a maioria dos cargos de confiança da gestão anterior decidiram acompanha-la.