Jornal Oeste

 Cinquenta e três novos casos de AIDS foram registrados de janeiro a novembro, em Cáceres. Um média de 4,8 infecções mensais, entre homens, mulheres e gestantes. É o que aponta o Centro de Testagem e Aconselhamento, neste 1º de dezembro, Dia Mundial de Combate a AIDS.

       Conforme o levantamento, 609 pacientes do Oeste do Estado, na fronteira com a Bolívia, recebem tratamento – gratuito – no Centro de Testagem. Desse total, conforme a direção da unidade, a maioria, 325 pacientes são de Cáceres e, 284 de vários municípios da região.

      O levantamento indica ainda que a maioria dos soropositivos, é homem. 325 pacientes, em tratamento, são do sexo masculino e 124 feminino. O balanço aponta que, a maioria dos infectados, são da faixa etária entre 25 a 40 anos. E, dos 53 novos casos registrados neste ano, dois são de gestantes.

      Os apontamentos da direção do CTA asseguram que não foram registrados nenhum caso de infecção por crianças. Ao contrário de anos anteriores, não revela, o número de óbitos, entre pacientes.
  Campanhas preventivas

      Uma série de ações de prevenção e combate a AIDS estão sendo realizadas, há vários dias em Cáceres. Gerente do Centro de Testagem e Aconselhamento, Vanderli Muniz informa que, as oficinas de prevenção tiveram início no dia 23 de novembro na sede do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT).

      No dia 23 foi realizada a oficina de prevenção combinada e sexualidade denominada “aprender para prevenir”. Participaram 170 adolescentes do instituto. No dia 27 de novembro foram realizadas testagem rápida (HIV, Hepatites e Sífilis), nas dependências do instituto com a participação de 129 adolescentes.

      Para os dias 4,5 e 6 de dezembro, estão previstas oficinas de acolhimento, aconselhamento e capacitação de testes rápidos para HIV, Hepatites e Sífilis, aos novos enfermeiros contratados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

64% da população não usa preservativo

      Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, apontou que 64% da população não usa preservativos na relação sexual e 33% dos brasileiros já mantiveram relação sem camisinha fora do relacionamento.
         Além disso, o estudo também apontou que aproximadamente 1 milhão de pessoas afirmaram ter diagnóstico médico de Infecção Sexualmente Transmissível (IST) ao longo de 2019, correspondendo a 0,6% da população com 18 anos de idade ou mais.

      A pesquisa reafirma que a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana é transmitida principalmente pela via sexual, relações sexuais desprotegidas, por isso é importante lembrar do uso de preservativo, em todas as formas de relações.

Medidas e comportamentos que possam prevenir a transmissão do vírus:

1. Uso correto de preservativos em todas as relações sexuais vaginal, oral ou anal;
2. Existem 2 estratégias conhecidas como PrEP e PEP, a primeira é o uso de medicamentos antirretrovirais em pessoas soronegativas que se expõem a situações de risco. A segunda é uma medida de emergência na qual se faz o uso de medicamentos antirretrovirais após exposição;
3. Testagem regular;
4. Redução de parceiros sexuais ou contatos de risco;
5. Acesso aos serviços médicos de forma precoce durante a gravidez parto e puerpério;
6. Conscientização, redução do estigma e acesso à saúde;