O desenvolvimento da hidrovia Paraguai-Paraná que cruza Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina, faz parte de um planejamento de integração econômica do continente. E, de acordo com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silva, é uma prioridade da agenda internacional do presidente Lula.
Embora exista há mais de 100 anos, a perspectiva é de que ela saia do papel e entre em operacionalidade, para escoamento, em larga escola, de vários tipos de produtos, até 2026. A afirmação foi feita, pelo ministro durante o Fórum de Energia promovido, recentemente, pela Itaipu Binacional.
Investimentos para viabilização das principais hidrovias do país, entre elas, a Paraguai-Paraná, que sai a partir de Cáceres (MT), consta no novo Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, cuja carteira de projeto e ações do setor hidroviário reúne 131 empreendimentos, com recursos previstos de R$ 4,1 bilhões.
Dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) demonstram que, atualmente, dos 60 mil quilômetros de hidrovias potencialmente navegáveis, o Brasil utiliza apenas um terço, ou seja, 19 mil quilômetros de vias navegadas.
Diretor-geral da agência. Eduardo Nery, explicou que “os investimentos em obras de hidrovias exigem uma dragagem de manutenção contínua, exige um balizamento, sinalização. É algo que nunca foi feito pelo Executivo, por nenhum governo. A hidrovia é a última fronteira do desenvolvimento da infraestrutura. E agora está sendo tratada como prioridade.
Projeto
O projeto da hidrovia Paraguai-Paraná, originalmente, prevê a execução de centenas de obras de investimentos pontuais de dragagens, derrocamentos, retificação de curvas (aumento do raio) em diversos pontos dos leitos dos rios Paraguai-Paraná.
A hidrovia começa no município de Cáceres, no Mato Grosso, e atravessa 4.122 quilômetros até Nueva Palmira, no Uruguai. É uma via fluvial que percorre 5 país: Brasil, Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai. Passando pelas cidades de Corumbá e Assunção.
Sua intenção é permitir o tráfego de barcaças 24 horas por 7 dias. Pela região passam enormes comboios que percorrem suas águas transportando soja, trigo, minérios e combustíveis. Mas, as curvas são muitas e bem acentuadas. No tempo de secas, bancos de areia surgem do nada, como icebergs dificultando a navegação.
Com informações do UOL e Agência Brasil