Jornal Oeste

Técnicos em enfermagem, em estado de greve, rejeitaram a proposta da prefeitura de Cáceres, equivalente a 3% do salário base da categoria, e condicionaram a suspensão da paralisação a uma contraproposta de três parcelas de 5% referente ao salário do enfermeiro o que daria um reajuste mensal de R$ 297,00.

A contraproposta foi deliberada em assembleia da categoria realizada na tarde desta quarta-feira (18/10) na sede do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SSPM) com a participação dos vereadores Cesare Pastorello e professor Leandro dos Santos.

O acordo firmado entre a administração e a categoria em março de 2023 foi no sentido de atingir 45% do salário dos enfermeiros.

O vencimento mensal dos enfermeiros é de R$ 5.944,75 e dos técnicos R$ 1.783,41 o equivalente a 30% desse valor. Para alcançar esse patamar seria necessário mais 15%, o que pularia para R$ 2.675,13.

O índice de reajusta apresentado pela administração foi criticado pelos técnicos: “Estamos há três anos negociando. A prefeita assinou um acordo e não honrou e agora apresenta essa proposta. Não podemos aceitar” assinalou Willer Aniceto. “Vamos permanecer na luta. Não vamos aceitar essa miséria” acrescentou Jussara Evangelista.
 
Além dos servidores, o vereador Leandro dos Santos, não poupou crítica a administração. “Essa é uma gestão totalmente irresponsável. A arrecadação do município está ok. Mas o dinheiro da saúde vai para o ralo para pagar empresas terceirizadas, sacrificando os técnicos em enfermagem”.

Mais comedido, Pastorello se colocou ao lado da categoria afirmando que “estou com vocês em caso de manter a greve. Mas temos que tomar algumas precauções para agir dentro da legalidade. Até porque o objetivo não é parar a saúde, mas receber o que lhes é de direito”.

Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, mediador dos debates, Fábio Lourenço, fez todas as explicações necessárias, e ainda nesta quarta-feira, irá encaminhar a administração a contraproposta apresentada pela categoria no sentido de evitar a greve.

Caso não haja acordo, a paralisação, por tempo indeterminado, começa na segunda-feira (23/10). Durante a greve serão prestados apenas serviços de urgência e emergência nas unidades de saúde.