Jornal Oeste

Celina Dias Correio Cacerense O leite, devido à sua composição, é considerado um alimento nobre e indispensável à dieta do homem, principalmente para crianças, pois atende às necessidades nutricionais que ajudarão no crescimento e formação de ossos e músculos. Em Cáceres o médico veterinário da Vigilância e Saúde Alexsander Leandro Marques disse que existe uma fiscalização, principalmente nos estabelecimentos comerciais, baseado na lei federal 6437/77 que proíbe a venda do leite in natura diretamente ao consumidor. Essa lei tem o objetivo de evitar que as pessoas possam ser contaminadas por doenças que estejam presentes no leite. Marques disse ainda que existe uma parcela significativa da população que comercializa o leite “in natura”, sendo a principal fonte de renda, e é vendido de porta em porta, o que dificulta a fiscalização. O médico diz que esse produto acarreta dois grandes problemas. O primeiro está relacionado á adulteração do leite, pois visando lucro com um aumento na quantidade do produto, algumas pessoas acabam adicionando outras substâncias como água, urina, água oxigenada, farinha, entre outras. E o segundo problema é a saúde sanitária, pois o leite “In Natura”, ou leite cru, que não passou por processo de pasteurização, traz inúmeros riscos para a saúde do consumidor como, por exemplo, intoxicação pelas bactérias como a gastroenterite bacteriana, tuberculose, brucelose, entre outros. Além da utilização sem a esterilização da garrafa pet. Alexsander disse que economicamente o produto acaba sendo mais viável para quem comercializa nas ruas, porque na indústria sai por menos da metade do preço em que é vendido diretamente ao consumidor, e para o consumidor as vantagens são o baixo preço, a comodidade, a facilidade de pagamento e porque acreditam ter maior qualidade. “A fervura do leite cru, da forma como é feita nos domicílios, não é capaz de matar todos agentes causadores de doenças além de diminuir, significativamente, as proteínas, vitaminas e sais minerais em conseqüência dessa fervura”, concluiu o médico.