Jornal Oeste

Acabou a paciência da prefeita de Cáceres, Eliene Liberato Dias (PSB), com as pessoas que ocupam cargos de confiança na gestão e não fazem política para a gestão. O FIPE foi a última chance. Ela tirou uns dias de descanso e usará isso para avaliar diversos nomes que poderão somar com a gestão daqui para frente. Como eu já havia previsto aqui em edições anteriores, como muitos cargos de confiança são de indicação pessoal da prefeita, ela não terá dificuldade em promover exonerações. Corre apenas o risco de perder amigos.
 
Show
 
E por falar em FIPE, o sucesso na organização e realização do maior evento do turismo de Mato Grosso, fez até futuros adversários procurarem a atual gestão para resgatar outro evento tradicional da cidade, a Exposição Agropecuária, que sucumbiu por amadorismo e falta de apoio maior, inclusive de gestores como o ex-prefeito Francis da Orla (PSDB), que curiosamente é associado do Sindicato Rural. Membros da atual diretoria da entidade procuraram a prefeita Eliene Liberato Dias (PSB) e o secretário de Turismo e Cultura, Claudio Henrique para que a gestão ajude a realizar o evento. Sem revanchismo político, a prefeita se dispôs a ajudar, mas impôs uma condição. Que Exposição seja realizada no aniversário da cidade. Ela justificou afirmando que a realização de um grande evento como foi o FIPE, requer tempo. Outra justificativa é que o município já tem o compromisso de ajudar na realização da tradicional festa do padroeiro em 25 de agosto. Evento que dura nove dias. Graças a Deus que a prefeita compreendeu que os eventos são geradores de renda extra em uma cidade que não possui oportunidades de emprego para atender à necessidade.
 
Luva
 
A escolha do advogado Fransérgio Piovezan para o staff da prefeitura de Cáceres, foi o maior acerto da prefeita Eliene Liberato Dias (PSB). Ontem, 17, deixei de publicar a Coluna porque queria o resultado da medida de forças de Fransérgio e a pequena oposição que ele tem dentro da pasta da Educação. Alguns poucos servidores, contrariados porque não podem mais fazer o que querem na Secretaria, já tentaram de tudo para rebelar os demais servidores contra o secretário. Já criaram uma espécie de associação, não tiveram adesão. Tentaram boicotar o evento de ontem, 17, o 2º Encontro Pedagógico, dizendo aos professores que seria período de férias, e que se não fosse ninguém, dariam o recado contra a prefeita. O evento teve a maior participação da história. Efetivos, temporários, professores e demais servidores aplaudiram com força os discursos de Fransérgio e do vice-prefeito, Odenilson Silva (Republicanos) que está prefeito em exercício.
 
Sucesso
 
Com quase 750 pessoas no evento, foi apresentado um convênio entre a prefeitura e a Unemat. Finalmente, o município vai se beneficiar, na educação, com toda a potência que a Unemat tem em Cáceres. A presença maciça dos servidores demonstra que eles reconhecem que Eliene tem feito o que pode para melhorar a vida e as condições de trabalho de todos. Se ela não fez, foi porque ainda não pode.
 
Bobinhos
 
Nas sondagens de Cáceres o que se vê é uma grande disputa de forças políticas para ocupar a vaga de vice da Eliene nas próximas eleições. Se o presidente do PSB, Max Russi garantir o apoio do governador Mauro Mendes (UB) aqui na cidade, será caixão e vela preta. O povo está vendo o chão preto passando de novo na frente de casa, pavimentação recuperada, pavimentação nova, um serviço de saúde novo por trimestre e alunos das escolas comendo a melhor merenda de todos os tempos, com salas climatizadas. Para aparecer uma alternativa à gestão da Eliene, o candidato vai ter que inventar alguma coisa, porque em cima dos números, não tem argumentos.
 
Malas
 
Outro dia, fui abordado por vários leitores que queriam saber o que é o ‘mala da política’ e quais são os de Cáceres. Respondi que é um personagem que existe na política recente do País. O ‘mala da política’ de Cáceres é uma figura popular, na maioria de classe média e baixa e que faz política mediante pagamento. Eles não possuem ideologia política, fidelidade ´partidária, e estão nessa pela grana e por um eventual emprego público. Um fato curioso, é que a maioria esmagadora dos ‘malas da política de Cáceres’, são sem vergonha e não conseguem evoluir na vida com o dinheiro das campanhas políticas. Não conseguem comprar uma bicicleta.
 
Exemplo
 
No início desta semana, ‘os malas da política’ plantaram nas redes sociais, que o ex-prefeito Francis da Orla (PSDB), estaria inelegível e que por isso apoiaria o ex-deputado federal doutor Leonardo (Republicanos), para a disputa de prefeito no ano que vem. É mais uma tentativa desesperada de arrumar dinheiro e um cargo. O advogado eleitoral José Renato Oliveira e o ex-prefeito disseram, em nota, que a informação é mais um Fakenews. O prefeito até ironizou os ‘malas da política de Cáceres’ que não beiraram a prefeitura nos seus dois mandatos. Ele conhece todos e não os aceita.
 
Câmara
 
A Constituição Federal diz que o Município que tenha entre 80 mil e 120 mil habitantes pode ter 17 vereadores. Ou seja, independentemente do resultado do censo realizado, mesmo que fosse mais de 100 mil, como alguns previam, não mudaria a faixa. Acontece que Cáceres tem 15 vereadores. Em 2014, os vereadores poderiam ampliar o número de cadeiras, que era 11, para 17. Fizeram as contas e acharam que garantiam a reeleição de todos sem entrar gente nova. Em 2016 apenas 4 se reelegeram. Em 2020, de novo, apenas 4 se reelegeram. Ou seja, com 11, 15 ou 17, quem é ruim de serviço não volta mesmo.
 
Sem proposta
 
Recentemente, o vereador Flavio Negação (UB), chegou a apresentar uma proposta para alterar o número de cadeiras de 15 para 17. Temendo repercussão negativa, a Câmara nem chegou a considerar a proposta e o autor pediu a retirada. Novamente, eu penso que essa alteração não iria fazer muita diferença na renovação. Ela vai acontecer porque a maioria dos vereadores faz um serviço de presidente de bairro.