O município de Cáceres- à 210 quilômetros Oeste de Cuiabá -', congrega em sua porção territorial os biomas de Mato Grosso, sendo 70% Pantanal, 20% Cerrado e 10% Amazônia Legal.
Foi nesse ambiente que desembarcou aos 13 anos o menino Roberto Florentino da Silva, junto aos seus pais, oriundos da cidade Paranavaí, no norte paranaense, o ano era 1986. A família havia adquirido um lote de terras no Distrito de Santo Antônio do Caramujo à 33 quilômetros de Cáceres.
Adolescente Roberto deu sequência aos estudos, sem apartar das lidas na roça no cabo do guatambu, auxiliando os pais nas lavouras de subsistência .
Ao fechar com êxito o ensino médio Florentino ingressa na renomada Universidade do Estado do Mato Grosso, seguindo a inclinação herdada dos seus maiores, faz à opção para a Faculdade de Agronomia, se tornou bacharel em 2007. Já ambientado com o clima quente do Oeste de Mato Grosso, firma o pé no Caramujo.
Uma vez com formação acadêmica, ainda quando cursa agronomia despertou para produzir mudas de pequi, no ano de 2004 procurou paranaense de Londrina, José Antônio Cabral, conhecido como " São Nunca", Jose Antonio no ano de 2000 elaborou e executou um projeto pioneiro no Distrito de Caramujo onde produziu e distribuiu para os produtores mudas de pequi. Roberto na condição de academico desperta o interesse para produzir mudas de pequi.
Na epoca Roberto procurou Jose Antonio para ter informações sobre as tecnicas para produzir mudas de pequi. Jose Antonio, repassou todas as informações. E assim o jovem academico inicio no ano de 2004 semeando 100 sementes de pequi. Esse "regalo" num linguajar de fronteira recorrendo à castilha (idioma espanhol), foi o embrião para que Florentino, transformasse num viveiro, em apenas naco do sítio da família, ocupando menos de 600 metros quadrados, para fazer brotar mais de 2 mil mudas de pequi anualmente, num crescimento vigoroso e latente, como à fruta de sabor exótico e instigante, na culinária brasileira.
Na atualidade, são milhares de plantas da espécie esparramadas não somente no Mato Grosso, mas também romperam barreiras físicas territoriais deste estado, indo bater em outras unidades da federação Nacional.
O pequi, é de fácil adaptação em áreas de cerrados, exige pouca água, rústico têm excelente resistência ao fogo e ao estress hídricos, a produção se dá do terceiro ao quarto ano, após o plantio.
Dezenove anos após o inicio hoje Roberto, segue produzindo mudas de pequi sempre pontuando a importância de sua atividade nos que se refere a preservação da especie porque ao produzir mudas ele garante que novas arvores serão formadas, um outro aspecto e garantir a variabilidade genética da espécie aja visto que o pequi é uma espécie de polinização aberta. Florentino conhecido como " Viveirista", resalta a importância do componente arboreo no sistema tanto agricola como pecuario. O pequi é uma especie que pode ser consorciada com pastagens pois não causa danos as gramineas. Os beneficios do pequi consorciado com pastagens são varios, serve para o bem estar animal, fornece sombra aos animais e também proteção em caso de frio, é uma fonte de renda adicional, além de fornecer alimento para a fauna local.
O agronomo tambem ressalta que referente a questão ambiental é preciso começar a elaborar projetos para que apresentem a quantidade de dióxido de carbono absorvido por uma arvore de pequi e começarmos a pensarmos em comercializar os créditos de carbano que é uma tendência global.
O viveirista afirma "sou muito entusiasmado com região de Cáceres, o detalhe é que precisamos, concentrar nossos esfoŕços em nossas potencialidades e investirmos em pesquisa e dessa forma desenvolveremos uma cadeia produtiva integrada com as diversas atividades".
Por exemplo o pequi podemos desenvolver uma gama de produtos da polpa, extrair oleo da polpa e da amendoa, produzir adubo da casca e do material que envolve a amendoa, conforme foi explicitado pelo agrônomo, a absorção de carbono.
A propriedade de Roberto Florentino, se situa no entroncamento da BR 174, com a Rodovia Estadual MT 170, a 174 é primeira uma longitudinal que liga Mato Grosso à Venezuela, única rodovia federal que têm sua vertente neste estado, a direita dela brota à MT 170, uma transversal que segue do Oeste para Leste e Norte de Mato Grosso, riscando os municípios de Curvelandia ( antiga Curva do Boi), Lambari do Oeste, Rio Branco, Salto do Céu , Barra do Bugres, entre outros.
Roberto dispõe de mudas para atender grandes, médios e pequenos produtores.