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14/01/2010 - 00:00

Chega a 50 o número de fornecedores lesados pelo “golpe do Rodeio”

Por Jornal Oeste

Sinézio Alcântara JORNAL EXPRESSÃO Os empresários do ramo de supermercados Wanderley Alves dos Santos e seu irmão Walter Alves dos Santos continuam sendo procurados pela polícia em todo o Estado. Eles estão com prisão decretada pelos crimes de estelionato e formação de quadrilha. Estabelecidos em Cáceres por quase um ano, Wanderley e Walter eram proprietários dos Supermercados Rodeio, com duas lojas na cidade. Na virada do ano, deram o golpe nos funcionários e fornecedores, deixando a cidade durante a madrugada, levando a maior parte do estoque das lojas. Segundo informou o delegado Gustavo Garcia, responsável pelas investigações, cerca de 40 fornecedores lesados foram ouvidos, mas ainda falta ouvir outros dez. Além dos fornecedores e dos 40 funcionários, o golpe atingiu agências bancárias, o Fisco e algumas lojas da cidade. Em uma delas, as famílias dos golpistas compraram cerca de 15 mil reais em roupas. O delegado afirma que o crime foi mesmo premeditado. No final do ano, nos dois mercados, eles deixaram de aceitar o pagamento em cheques e cartões. E fizeram compras de grandes de mercadorias. A polícia acredita que a carga retirada e levada das lojas tenha sido comercializada com algum supermercado, pois eles levaram até mesmo produtos perecíveis. O rastro de danos continuou depois do golpe. Uma grande quantidade de carne estragou, porque estava refrigerada e não congelada. Os funcionários estão sendo representados por um advogado e procuram judicialmente seus direitos trabalhistas. As primeiras investigações mostraram à polícia que os empresários já haviam dado o mesmo tipo de golpe nas cidades de Tabaporã, Porto dos Gaúchos e Sinop. Informações não oficiais apontam que eles agiram também nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. A Secretaria Estadual de Fazenda, com base nos artigos 444 e 445 do Regulamento do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (RICMS) suspendeu as inscrições estaduais abertas em nome dos empresários, que deixaram de arrecadar R$ 1 milhão de impostos ao Governo do Estado.
 
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