Jornal Oeste

Fernando Duarte Da Redação Por causa do grande aumento de crimes relacionados a veículos em Mato Grosso, foi instituída a Política Estadual de Prevenção e Combate ao Furto e Roubo de Veículos (Lei 9.303). De 2008 para 2009 houve um aumento de quase 40% nos roubos e furtos no Estado. Uma das novidades é a fiscalização mais efetiva nas oficinas de desmanche, onde foi reservado um artigo inteiro sobre o assunto, onde deverão ser realizados convênios com as cooperativas de táxi, companhias de ônibus e prefeituras municipais. Com o combate a esses crimes, a intenção é que haja uma diminuição na atuação dos grupos organizados, desarticulando e reduzindo a força das quadrilhas. Outro ponto referido na lei está na participação da sociedade nesse trabalho, tanto dos civis com a divulgação de informações das próprias seguradoras ao passarem "informações precisas sobre os veículos sinistrados com perda total". A Lei 9.303 tem como foco a receptação. Somente na fronteira com a Bolívia foram recuperados, ano passado, 79 veículos roubados, sendo 22 motos, 23 carros, 16 caminhonetes, 12 caminhões, 3 carretas e máquinas agrícolas. Essa frota, formada principalmente por veículos considerados novos, era para ser trocada por entorpecentes no país vizinho. Mas os antigos também têm função: eles são levados aos desmanches para serem depenados e terem as peças comercializadas. O artigo 3º da Lei exige que haja nota fiscal para a compra de peças usadas. De acordo com o diretor da Polícia Judiciária Civil, José Lindomar Costa, qualquer ferramenta que combata esses tipos de crime é bem-vinda, mas, no caso específico dessa lei, a vantagem está no suporte que ela dá no combate aos roubos e furtos. "Muitas vezes, faltam aos policiais instrumentos para proceder em determinados locais". Ele diz que as medidas que forem autoaplicáveis serão feitas imediatamente e, para as que necessitem de adequações, serão aprovadas regulamentações.