Jornal Oeste

Durou exatamente trinta dias, o mandato de deputado estadual, do ex-prefeito de Cáceres, Francis Maris (PSDB). Diferente do ex-prefeito Túlio Fontes (PSB) que quando esteve na Assembleia, conseguiu recursos para reformas da Praça Duque de Caxias, Miniestádio Jardim Paraíso, Estádio Geraldão e para a construção do complexo esportivo no entorno do Ginásio Didi Profeta, somando aproximadamente R$ 10 milhões de reais em valores atualizados, Francis, além de não arranjar sequer um palmo de lama asfáltica, não conseguiu uma única audiência com o governador Mauro Mendes (UB). Repetindo uma história que o cacerense conhece bem, tratando sua ex-vice e atual prefeita, Eliene Liberato Dias (PSB), como adversária, não se dignou a convidá-la ao menos para sua posse. Não ligou, não ofereceu nenhuma ajuda política e não colocou os pés na prefeitura enquanto foi deputado. A frustrada passagem de Francis pela Assembleia decepcionou muitos dos que votaram nele, principalmente pela produtividade pífia, marcada por entrega de moções e um projeto de incentivo a pecuária. Sobre as moções, o uso político foi tão descarado que um famoso radialista de Cáceres se recusou a receber a tal honraria.
 
Poder
 
A ida para Assembleia com o claro propósito de turbinar a pré-candidatura a prefeito no ano que vem, está fazendo com que a meia dúzia de ‘puxa-sacos’, do bilionário, cometa erros crassos. Um crime eleitoral que pode impedir Francis de ser candidato, é uma adesivo que está sendo ostentado pela condução do ‘engomadinho’. Só precisa alguém ‘bater um retrato’ do veículo e mandar para o aplicativo pardal do TRE. O nome disso é propaganda extemporânea.
 
Evaporar
 
O União Brasil, maior partido do Estado, deve implodir nos próximos meses com a saída das principais lideranças incluindo o senador Jaime Campos, e os deputados estaduais, Sebastião Resende, Júlio Campos, Dilmar Dal Bosco e o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho. Eles estão com um pé no Mais Brasil, resultado da fusão do PTB com o Patriota.  A mexida vai ser grande e vai envolver diretamente o governador Mauro Mendes presidente do União Brasil em Mato Grosso, que detém a maioria das prefeituras, vices e vereadores do Estado. Em Cáceres a mexida também será grande e envolverá os vereadores Rubens Macedo (PTB), professor Leandro dos Santos (UB), Flávio Negação (UB), e os suplentes do UB e PTB. Outro que terá suas pretensões políticas futuras afetadas será o ex-candidato a prefeito Takao Nakamoto (PTB). Mas, como disse em edições passadas, um fato como esse pode ser uma janela para a troca de legenda sem perda de mandato.
 
Quer
 
Na última sexta-feira, 19, na tradicional ‘resenha no quintal’, um dos assuntos foi o surgimento de uma terceira via na disputa municipal em Cáceres. Eu particularmente não acho que isso irá ocorrer, porém tenho visto postagens, uma delas do vereador Pedrinho Sindicato (PT), relatando que ele está na pré-campanha de James Cabral, que disputou a última eleição.
 
PT
 
No próximo ano, a federação PT, PCdoB e PV terá que dividir 16 vagas para candidatos à vereadores. Pelo que a Coluna apurou, a intenção de uma ala do PT é jogar o vereador Cézare Pastorello (PT) para a disputa como prefeito. Os rumores dizem, inclusive, que o nome do seu assessor Victor Cruvinel está colocado como pré-candidato a vereador para ser seu sucessor. Pastorello não ganha. Vai atrapalhar a reeleição da prefeita Eliene Liberato Dias (PSB) e o único benefício político que pode tirar disso é fortalecer o nome para deputado estadual em 2026, já que Lúdio Cabral (PT) deve ganhar a prefeitura de Cuiabá e deixará uma lacuna no seu estilo de atuar.
 
Estratégia
 
Ter um candidato a prefeito nas eleições passadas foi o que garantiu uma vaga para o PT na Câmara de Vereadores de Cáceres. Se saísse apenas os 10 candidatos a vereador pelo partido, não teriam eleito Mazeh Silva e nem dado a expressão de votos ao Pedrinho do Sindicato. Isso porque, além dos votos de legenda, também vem recursos financeiros para a majoritária, que engrossa a campanha dos vereadores. Resta saber se o mais novo vereador do PT vai aceitar ser o boi de piranha e renunciar a uma reeleição garantida.
 
Baixaria
 
A Câmara de Vereadores de Cáceres continua dando mais esperança para os pré-candidatos da cidade. Na sessão de hoje, 22, por exemplo, só faltou vias de fato, mas o quebra-pau foi grande. Os vereadores discutiram, no meio da sessão, sobre a quantidade de proposituras que cada um poderia fazer. Alguns queriam o máximo de duas, outros de quatro. Os que queriam de quatro, levaram. Agora, precisam realmente se preocupar é com a qualidade e não a quantidade, já que a maioria é só de patrolamento e cascalhamento de ruas.