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13/05/2023 - 07:46 | Atualizado em 13/05/2023 - 07:51

Denúncia de violência obstétrica em Cáceres ganha repercussão estadual

Por Claryssa Amorim

Gazeta Digital

 (Crédito: Gazeta Digital)
1ª Promotoria de Justiça Cível de Cáceres (a 250 km de Cuiabá) recebeu uma denúncia da própria vítima de violência obstétrica ocorrida durante um parto cesárea, no Hospital Regional São Luiz.

Conforme consta a denúncia, a violência foi por parte de enfermeiras da unidade, onde proferiram palavras como: "ele entrou vai ter que sair" e "na hora de fazer não doeu".
 
Denúncia foi protolocada pela mãe, no dia 12 de abril, e recebida pelo promotor de Justiça Washington Eduardo Borrére. Segundo o promotor ao , o caso já está sendo investigado, mas não detalhou informações para preservar a identidade da vítima.
 
No documento, a mulher relata que a violência obstétrica, tanto física quanto psicológica, ocorreu na sala de cirurgia, onde ela chegou a ter o braço direito amarrado e queimado (não foi citado como ocorreu a queimadura).
 
“Denuncio violência obstétrica cometida pelas enfermeiras do centro cirúrgico que realizaram a minha cirurgia cesárea durante a madrugada, às 4h57. Tive violência psicológica tal como, ‘ele entrou tem que sair’, ‘você vai fazer eu perder sua veia’, ‘pensa no seu filho mãezinha, na hora de fazer não doeu’, etc. Tive violência física ao qual fui machucada na mesa de cirurgia no braço direito, pedi a enfermeira que não amarrasse meu braço e ela com toda ignorância amarrou e com isso queimou meu braço, além de não cumprir a lei de acompanhante meu marido foi impedido de estar comigo durante todo o parto e pós-parto”, cita a denúncia ao MP.
 
Além de tudo, a vítima informou ao MP que o hospital não cumpriu a lei do acompanhante. Segundo ela, seu marido foi impedido de entrar na sala de cirurgia para assistir o parto e também o pós-parto.
 
Outro lado 

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que o atendimento da paciente ocorreu conforme as normas preconizadas pelo Ministério da Saúde para a realização do parto cesariana. Enfatizou ainda que o hospital adota todas as medidas necessárias para o parto humanizado em que a paciente, o recém-nascido e a família da paciente recebam toda assistência adequada. 

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