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11/01/2010 - 00:00

Supermercado Rodeio: Antes de Cáceres empresários já haviam aplicado golpe em Tabaporã, Porto dos Gaúchos e Sinop

Por Jornal Oeste

JORNAL EXPRESSÃO Sinézio Alcântara Proprietários do mercado Rodeio, acusados de aplicar um golpe de mais de R$ 2 milhões, em funcionários, fornecedores, agências bancárias e o Fisco, são especialistas nesse tipo de crime. Investigações realizadas pela Polícia de Cáceres constataram, que o grupo liderado por Wanderley Alves de Matos já aplicou esse mesmo tipo de calote em, pelo menos, três cidades do Estado: Tabaporã, Porto dos Gaúchos e Sinop. A informação é do delegado, responsável pelas investigações, Gustavo Garcia. Wanderley e o irmão Walter Alves dos Santos, além de um sócio conhecido por Marcelo, tiveram a prisão preventiva decretada pela juíza Elza Yara Ribeiro Sanção. O delegado não tem maiores detalhes a respeito do golpe e do montante do prejuízo causado pelo grupo nas cidades anteriores a Cáceres. Revelou apenas que descobriu o esquema, através de uma checagem junto a INFOSEG, setor de inteligência da Secretaria de Fazenda (SEFAZ). Eles deixaram de arrecadar, conforme o SEFAZ, cerca de R$ 1 milhão ao Governo do Estado. Nesta semana, o Fisco mato-grossense, com base nos artigos 444 e 445 do Regulamento do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (RICMS) suspendeu as inscrições estaduais abertas em nome dos proprietários. A medida visa evitar que os envolvidos no suposto esquema voltem a atuar em Mato Grosso. Os empresários deixaram a cidade na madrugada de domingo, levando quase todo o estoque das duas lojas e deixando funcionários e fornecedores sem pagamento nem explicações. Os irmãos Walter e Wanderlei Alves de Matos estavam na cidade há menos de um ano. Tinham uma das lojas no bairro Rodeio e outra na avenida Talhamares. Durante este período, segundo informações da polícia, eles agiram corretamente ao menos com os cerca de 40 funcionários e com os fornecedores. No domingo, funcionários da loja do bairro Rodeio foram informados que os donos tinham deixado o local de madrugada, levando quase todo o estoque em um caminhão. Logo que chegaram à loja para confirmar a informação, começou a aproximação de curiosos. Em pouco tempo, cerca de 200 pessoas invadiram o local e começaram a saquear o estoque restante. A ação foi contida pela Polícia Militar, que chegou a disparar tiros de alerta e a usar cacetetes. Depois disso, uma guarnição da PM foi mantida no local. Uma estimativa inicial e dados ainda não confirmados apontam para um prejuízo que pode passar dos R$ 2 milhões. Além da dívida trabalhista, há dívidas com fornecedores e financiamentos bancários. O delegado confirmou que os empresários fizeram uma grande compra de mercadorias há pouco tempo. “A ação foi premeditada”- afirmou o policial. “Além da compra, eles passaram a recusar o pagamento com cheques pré-datados e cartões de crédito nas duas lojas”. Cerca de 30 fornecedores foram ouvidos na delegacia.. Eles foram orientados a procurar um advogado e entrar com representação junto à justiça trabalhista. Uma funcionária do escritório informou que uma semana antes, os patrões pediram que ela separasse todas as notas fiscais das compras de mercadorias. Eles levaram todo o estoque comprovado nas notas, deixando para trás cerca de 10% do estoque.
 
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