Jornal Oeste

Luiz Esmael Da Redação Com a definição de que os quatro times da capital do Estado vão mandar seus jogos no interior provoca algo inédito no futebol profissional de Mato Grosso: é a primeira vez que Cuiabá ficará sem a presença de suas equipes no maior palco do esporte mato-grossense, o estádio governador José Fragelli, o Verdão. Operário, Palmeiras e Cuiabá vão disputar seus jogos válidos pela primeira fase do Campeonato Mato-grossense deste ano no estádio Félix Belém, na cidade de Campo Verde, a 100 km da capital. Já o Mixto acertou com a prefeitura de Primavera do Leste, a 200 km de distância de Cuiabá, para disputar seus jogos no estádio Cerradão. O município, que viveu glórias com o Juventude em 2000 e 2001 sagrando-se bicampeão mato-grossense, está sem representante no Estadual há dois anos. Mesmo reconhecendo que a decisão de transferir todos os jogos dos quatro clubes para o interior do Estado tenha sido a mais sensata, os dirigentes não deixaram de reclamar da solução encontrada na reunião comandada pelo presidente da FMF Carlos Orione e o diretor de Infraestrutura da Agecopa, Carlos Brito. Eles são unânimes em afirmarem que as equipes são as mais prejudicadas com a falta de estádios em Cuiabá, pois terão que bancar despesas com transportes, hospedagem e alimentação. "São despesas que não estávamos esperando, já que tínhamos a certeza de que iríamos mandar nossos jogos na capital. Sem alternativa, temos que acatar a solução encontrada", disse o presidente do Operário, Wendel Rodrigues. Já o vice-presidente da FMF João Carlos Oliveira vê a decisão de uma outra forma. Ele crê que o torcedor de Campo Verde e Primavera do Leste irá corresponder à expectativa dos quatro times da capital, em especial aos tradicionais Mixto e Operário. "Mesmo com o futebol do interior ter se equiparado com a capital, mas ainda há torcedor espalhado Mato Grosso afora que ainda torce para os times de Cuiabá, principalmente para Mixto e Operário", frisou o dirigente.