O deputado estadual Júlio Campos (União Brasil) criticou a criação desenfreada de unidades de conservação em Mato Grosso durante as gestões passadas, sem que houvesse a devida regularização.
Segundo Júlio, somente o Parque Estadual Serra Ricardo Franco, na região de fronteira com a Bolívia, em Vila Bela da Santísisma Trindade (a 522 km de Cuiabá), estima-se que o valor para indenizações chegue a R$ 2 bilhões.
O parlamentar afirma que todas as unidades de conservação no Estado necessitam de um orçamento de, no mínimo, R$ 4 bilhões para quitar as desapropriações.
Ele também saiu em defesa de seu correligionário, o governador Mauro Mendes (União Brasil), que conseguiu a proibição de novas UCs até que 80% das áreas existentes sejam regularizadas. "É uma coisa diferente. Pagar uma desapropriação dos inúmeros parques que foram criados por decreto estadual precisa de um orçamento de R$ 4 ou R$ 5 bilhões.
O Deputado estadual Júlio Campos diz que unidades foram criadas sem planejamento parque Ricardo Franco custará R$ 2 bilhões.
Foi uma volúpia e uma insensatez de governos passados, criando desvairadamente parques em tudo é quanto lugar", disse o parlamentar.
Mauro Mendes obteve êxito na aprovação do projeto na Assembleia Legislativa e virou alvo de críticas de deputados de oposição, ao barrar a criação de novas UCs e, ao mesmo tempo, pedir a "estadualização" do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, sob a promessa de R$ 200 milhões de investimentos em quatro anos.
Enquanto isso, a concessão para a empresa privada tem contrato de R$ 18 milhões de orçamento para 30 anos de operação.
Segundo Júlio Campos, são cenários diferentes, pois, para regularizar, é necessário ter um orçamento gigantesco. Embora o Estado esteja em boas condições financeiras, há grandes diferenças entre as duas situações, frisa.
"O Governo do Estado está robustamente com o caixa cheio, como diz o [presidente da AL Eduardo] Botelho, tem condição de fazer um investimento em quatro anos, de R$ 200 milhões, para fazer o parque de Chapada de o maior parque ecológico e turístico de Mato Grosso. São dois pesos e duas medidas", finalizou.