Jornal Oeste

A oposição feita pelos vereadores de Cáceres, Marcos Ribeiro (PSDB), Leandro dos Santos (UB) e Mazeh Silva (PT) à prefeita Eliene Liberato Dias (PSB), é o tipo que qualquer prefeito quer. Elas apontam o problema e a prefeitura vai lá e facilmente resolve. O que eles estão fazendo é contribuir efetivamente com a gestão e cumprir o verdadeiro papel do vereador. O que eles fazem é saudável pois, toda unanimidade é burra. Agora é preciso saber fazer, pois ser oposição só por ser, não é inteligente.
 
Largada
 
Com o fim das eleições de 2022, já começa o pleito de 2024. A primeira movimentação é em relação aos partidos. Alguns, como o Solidariedade do vereador Cézare Pastorello nem existem mais.  Com a saída do prefeito de Rondonópolis Zé Carlos do Pátio para o PSB, o partido desmoronou. Uma opção para Pastorello é ir para o PSB, outra, é aceitar o convite de partidos mais à esquerda, como o PT ou PCdoB. Com a fusão do Solidariedade com o PROS, haverá uma janela para a troca de partidos. No PROS, o vereador Franco Valério também vai poder trocar de partido. Por incrível que pareça, pode ser que ele vá para o PSD do Carlão Gogó (Ministro Carlos Fávaro), partido que não fez nenhum vereador nas eleições passadas. Outro que pode partir para o PSD é o vereador Leandro dos Santos (UB). Tudo isso por conta dos planos de Irajá Rasgando Dinheiro Lacerda de ser prefeito a partir de 2025. Primeiro, ele vai ter que se entender com os outros pré-candidatos da direita, e que não são pipoca, doutor Leonardo (Republicanos) e Francis Maris (PSDB).
 
Movimentação
 
Já o atual presidente da Câmara de Vereadores de Cáceres, Luiz Landim (PV), também cogita uma mudança para o PSB. Com isso, sairia da Federação PT/PCdoB/PV. Se fizer isso, corre o risco de ser engolido pelos colegas no novo partido. O PSB virá com uma chapa forte ajudando a reeleição da prefeita Eliene. Na federação, um fato curioso. O assessor do vereador Cézare Pastorello, Victor Cruvinel, é pré-candidato a vereador também. Perguntei ao Pastorello se isso não iria atrapalhar a sua reeleição. Ele disse que pessoas boas precisam entrar na política e que o Victor, hoje seu assessor, será um grande vereador, talvez, colega de parlamento. Com certeza, Pastorello é um político à frente do nosso tempo.
 
Cacerense e preparado
 
Com o apoio de diversos movimentos sociais, dentro e fora de Mato Grosso, o Coletivo de Museus e Patrimônios da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) está indicando o nome do professor doutor Renato Arruda para a superintendência do IPHAN-MT. Renato, sobrinho do colega João Arruda é cacerense nato, criado no DNER e egresso da Unemat. Reúne todos os requisitos para ser o superintendente e dar um rumo para o Patrimônio Histórico de Cáceres, que não se resume apenas ao tombamento. Mas, confirmando o que eu havia dito, o ‘cara de pau’ Irajá Lacerda já está querendo pagar suas dívidas de campanha com indicação em cargos federais. Eu disse que o PT de Cáceres tinha que se articular e não deixar Irajá se criar em Brasília. O que eu previa era isso aí. Para o cargo de Superintendente do IPHAN, Irajá estaria querendo emplacar o nome do Enézio Mariano. Enézio, meu amigo/irmão, é indiscutível um dos melhores contadores que conheço, principalmente, de campanha eleitoral. Mas, se for para ter um cacerense na direção do órgão, é unânime na área que esse deve ser o Renato Arruda.
 
Receberam
 
Odenir Nery, Nilson Magalhães, Dener Cabelereiro, Enézio Mariano, Franco Valério, Thomas Canellas e meu irmão de fé Marquinhos Ribeiro e os demais que pegaram grana de Irajá Lacerda, estão crendo fielmente que serão financiados na próxima campanha. Podem tirar o cavalo da chuva. Comprou e pagou. Se tiver que apoiar alguém, Irajá irá apoiar alguém da família, como o Marcinho ou o Júlio Panoff, que já está ensaiando na política.
 
Valorização
 
Os Agentes Comunitários de Saúde e os Agentes de Combate às Endemias, são, agora, profissionais de saúde. Pode parecer estranho, mas, antes da lei 14.536, sancionada pelo Presidente Lula, na semana passada, esses profissionais não eram regulamentados como profissionais de saúde, apesar que, em Cáceres, já fossem reconhecidos assim. Tanto é que receberam as vacinas contra COVID na primeira leva, coisa que não aconteceu em outros municípios.
 
Carrasca
 
Quem com ferro fere, com ferro será ferido. Essa frase nunca fez tanto sentido como foi com a demissão da servidora Odenise Jara Gomes Lente, publicada no diário de sexta-feira, 20. Ela era um verdadeiro pitbull do ex-prefeito de Cáceres, Francis Maris (PSDB), para fazer Processos Administrativos Disciplinares (PADs) contra servidores da prefeitura. Dizem que Francis escolhia o servidor e ela escolhia o jeito de mandar embora. Agora, com o resultado do PAD de acúmulo ilegal de funções, os vários servidores que ela perseguiu poderão repetir o que ela dizia: ‘nada pessoal, colega, é apenas o cumprimento da lei’.
 
 
Vertical
  
Para fechar a Coluna de hoje quero mostrar um cenário do que vai acontecer na próxima eleição. Todos que estão com cargos no governo federal terão que se ajustar nos estados. Quem apoiou a reeleição dos governos vencedores também terão que se ajustar nos municípios. Se precisar, eu desenho para ver o que vai acontecer em 2024. Já vi de tudo, menos água voltar para a nascente.