Jornal Oeste

A entrada da enfermeira Márilsi Queiroz na Secretaria de Saúde de Cáceres, amenizou a pressão em relação as ações de prevenção e combate a Covid, mas só isso não basta para resolver os problemas crônicos na gestão da pasta. A Coluna tem ouvido fontes diferentes sobre a questão e ao que tudo indica, a Saúde pode sofrer um choque de gestão com a mudança de toda a equipe gestora. Alguns nomes já começam a ser ventilados para assumir a Pasta, dentre eles, o do Assessor Especial, Hebert Dias.
 
Mexidas
 
E outras mudanças devem acontecer para o próximo ano. Uma delas é praticamente certa. A efetivação de Fransérgio como titular na Educação. Com isso, o Diretor Executivo da Autarquia Águas do Pantanal, Julio Parreira, passou a ser o favorito para assumir a Secretaria de Assuntos Estratégicos (Governo), que faz a ponte entre a prefeita Eliene Liberato Dias (PSB), secretários e vereadores. Para o seu lugar na Autarquia, a solução deve ser da própria companhia. Nas mexidas, nomes novos como do Procurador Jurídico da Autarquia, Alexandre Quida, poderão ir para o primeiro escalão. O nome do ex-reitor da Unemat, Taisir Karim (PSD) também continua cotado para o primeiro escalão.
 
PT
 
A expectativa para o próximo ano é a entrada do PT na gestão da prefeita de Cáceres, Eliene Liberato Dias (PSB). Isso deve consolidar a aliança nacional que elegeu o presidente Lula. Na gestão Túlio Fontes, o partido ocupou as secretarias de Governo, Educação e Agricultura. Essa seria uma chance da reativação da Agricultura já que essa é uma política forte do PT em nível nacional e a articulação do PT de Cáceres em Brasília será grande.
 
Chapas
 
A partir de janeiro vão se intensificar as articulações para montagem das chapas que irão concorrer a vereador em Cáceres em 2024. Conhecido por montar chapas que elegem vereadores, Nilson Magalhães já procura um partido para abrigar um grupo de pré-candidatos medianos e sem mandatos. Esse grupo deve abrigar os órfão do quase ex-deputado federal doutor Leonardo (Republicanos). A expectativa é para o destino das viúvas do candidato derrotado Irajá Lacerda (PSD) que numa cara de pau incrível, já estaria atrás de uma teta no governo Lula (PT), de quem foi ferrenho adversário na última eleição. Outra novidade pode ser a candidatura a vereador de Takao Nakamoto (PTB). A Coluna apurou que já há uma articulação neste sentido. Se isso se cristalizar, a reeleição do veterano vereador Rubens Macedo corre risco.
 
Risco
 
Como antecipei aqui em outras ocasiões, vereadores únicos em seus partidos têm grandes possibilidades de não retornarem para a Câmara no próximo mandato caso não haja abertura de uma janela partidária. São os casos de Lacerda do Aki (PRT) e Celso Silva (Republicanos). Cézare Pastorello (SD) e Franco Valério (PROS), estarão livres para buscarem um novo partido com a fusão das duas legendas. As chances de permanecer estão mantidas para os demais.
 
Previsão
 
Hoje, 19, a Câmara de Vereadores de Cáceres deve aprovar a Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2023. Para quem não sabe, a LOA é uma peça de ficção que só serve para legalizar o exercício financeiro. Isso porque, a maioria das secretarias de ponta sempre acabam pedindo suplementação porque suas previsões ficam aquém. Na atual gestão, dentre as poucas que executam seu orçamento com precisão está a Assistência Social. Méritos da equipe gestora composta em sua maioria por técnicos concursados e capacitados.
 
Robusta
 
A LOA de 2023 tem previsão de arrecadar e gastar R$ 475 milhões de reais. É o maior orçamento de todas as prefeituras da região e está quase 60% maior que o orçamento executado no ano de 2022. Destaque para as áreas da Cultura, cujo orçamento pula de R$ 3 milhões em 2022 para R$ 13 milhões em 2023, e para o setor de urbanismo, que faz as pavimentações e recuperação das vias, que vai de R$ 27 milhões para R$ 67 milhões. Cáceres virará um canteiro de obras em ano que não é eleitoral.
 
Cultura
 
Na Secretaria de Cultura, para efetivar um orçamento maior do que foi de toda a Assistência Social deste ano, a prefeita Eliene precisará reforçar o quadro com pessoal mais técnico. Isso porque não basta deixar emendas e shows acontecerem, é preciso elaborar uma programação que não deixe o pessoal da cultura local desamparado. E pra isso é preciso projetos. É muito dinheiro para deixar ser levado embora apenas por artistas nacionais.
 
Câmara
 
Como já havia anunciado na Coluna, há um destaque, também, para o repasse ao legislativo. A Câmara de Vereadores saltará de R$ 9 milhões este ano, do qual, pelo que se sabe, meio milhão será devolvido, para quase 14 milhões no ano que vem. Isso justifica a guerra que está para ocupar a mesa diretora. Detalhe é que para gastar essa dinheirama toda, construir uma sede nova não será suficiente. Os vereadores cogitam aumentar o número de cadeiras de 15 para 17, que seria o limite da Constituição Federal, e também cogitam dobrar o número de assessores.
 
Mesa diretora
 
Apesar de ter apenas uma chapa registrada para a disputa da mesa diretora da Câmara de Vereadores de Cáceres, ainda podem acontecer surpresas. Acontece que com esse orçamento de R$ 14 milhões para 2023, alguns vereadores não aceitam ficar ‘de fora’, e, segundo o decano Rubens Macedo (PTB), uma nova chapa pode ser apresentada até na hora da votação. Para ganhar, pelo menos 3 vereadores teriam que trair o voto garantido ao vereador Luiz Landim (PV).
 
Passa?
 
Na sessão de hoje, 19, também serão, finalmente, votadas as contas de 2020 do ex-prefeito e trainee de candidato a deputado estadual Francis Maris Cruz (PSDB).
Vai passar, porque para reprovar precisaria ter 10 votos contra o parecer prévio do Tribunal de Contas Estadual. Vale lembrar que o TCE só avalia como foi gasto o dinheiro, não com o que. E Francis usou dinheiro do auxílio emergencial da COVID19 para inchar as contas e poder gastar com coisas que não tinha nada a ver com saúde. Ou seja, dos 491 óbitos por COVID19 em Cáceres, uma boa parcela teria sido salva se a finalidade do dinheiro não tivesse sido desviada.
 
Será?
 
Outro dia estava em uma roda no pátio da prefeitura de Cáceres e um vereador e um interlocutor político, brincando ou não, disseram que o ex-prefeito Francis Maris (PSDB), teria ficado furioso por não ter recebido apoio de um parlamentar do poder legislativo da cidade. ‘Esses vereadores são tudo corno’, teria dito a apoiadores.