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07/11/2022 - 11:08 | Atualizado em 07/11/2022 - 12:21

Fanático bate no portão do Quartel do Exército em Cáceres

Por João Arruda

Jornal Cacerense

 (Crédito: Jornal Cacerense)
Um grupo de bolsonaristas segue em vigília em frente a sede do Comando de Fronteira Jauru/ 66 Batalhão de Infantaria Motorizada na cidade de Cáceres- a  210 quilômetros a Oeste de Cuiabá-, um misto de romaria com alguns pronunciamentos, execução hino nacional, bandeiras,  cartazes,  um padre, pecuaristas,  comerciantes e crentes pentecostais.

O quartel situado no Centro Histórico de Cáceres, ocupa uma área de aproximadamente 20 hectares com um efetivo de 1.100 homens entre oficiais e praças,  permanece em silêncio sepulcral ante o clamor que murmuram os adeptos do bolsonarismo noutro lado das muralhas do Batalhão de Fronteira. 

Inconformados com o resultado das urnas que elegeu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demonstram total desconhecimento da missão constitucional das Forças Armadas do Brasil,  que trazem seus regimentos disciplinares uma das principais orientações, na qual a política é tema proibido dentro da caserna, navios e submarinos. 

No espaço da Praça onde os manifestantes ocupam há uma semana,  tem uma equipe articulada para ofertar alimentos ( churrasco) à largura da boca,  tanto que um caminhão frigorífico faz a reposição a todo instante.

O desempregado Luiz Fernando Ribeiro Filho (29), revelou que comparece duas vezes ao local- por razões óbvias- comer,  ele disse que em toda sua vida nunca jamais e em tempo algum havia comido tanta carne,  inclusive picanha, miolo de alcatra entre outros cortes finos ofertados gratuitamente a populares. Ribeiro Filho, confessa que chega a levar parte da "bóia" para a família.  Ele revelou que torce pela persistência dos bolsonaristas ao menos até 31 de dezembro, até previu que ganharia uns quilos a mais na carcaça. 

A reportagem entrou em contato com o responsável pela seção de relações públicas do Comando do Exército, sobre uma eventual nota à população,  porém até o fechamento desta edição não houve retorno.

Em tempo a Organização Militar têm a frente o tenente coronel Leandro Basto Pereira, o primeiro que é natural da cidade a comandar batalhão, contudo, a exemplo seus pares em unidades país afora,  segue "imunizado"  aos berros além dos portões desse quartel. 

A Constituição Federal define a função das Forças Armadas, e sua requisição para intervenção militar é vedada pela própria Carta Magna. 

Num vídeo de grupos de WhatsApp aparece um homem esmurrando o portão que dá acesso ao pátio dos veículos de transporte e blindados do EB. Criativos e bem humorados, os pantaneiros já sugeriram cunhar o local de "muro das lamentações”, ou “murros das lamentações”. 

O Exército Brasileiro em Cáceres é emblemático, cedeu homens para compor a Força Expedicionária Brasileira, (1939/1945) tendo um cacerense como herói e que dá nome ao estádio sargento Luiz Geraldo da Silva. Em julho de 1963, foi batalhão onde os generais daquela época pretendiam dar o Golpe e prender o então presidente João Belchior Marques Goulart, mas deram o bote errando, efetuando apenas a apreensão do jatinho de Jango, no aeródromo de Cáceres, a aeronave tinha capacidade de 17 passageiros, sendo 14 e mais piloto, copiloto e mecânico. 

O Befron voltou a ser notícia quando foi cogitada que a prisão de Jânio Quadros seria nesse quartel de Cáceres MT,  no entanto,  após negociações Quadros foi mantido em cárcere no Hotel Santa Mônica em Corumbá. 

Em setembro de 2000, o EB da Fronteira de Mato Grosso voltou a ser notícia na imprensa nacional. 

O jornalista Bernardinho Furtado,  Mineiro de Ubá, estampou na conceituada Revista Época,  a Festa Junina do quartel que consumia 09 dias no mês junho,  com louvor aos três Santos (Antônio, João e Pedro), o comandante era Arthur Mack da Silva, o Sultão,  investigação do Alto Comando em Brasília,  aboliu a festança e de lambuja descobriu que o militar tinha duas esposas, uma morava na mansão a margem da Praia do Daveron, enquanto que a outra gozava dos auspícios com honras pompas e circunstâncias no requintado Círculo Militar.

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5 comentários

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  • por Márcia de Ávila, em 11.11.2022 às 18:37

    Vai faltar leito psiquiátrico e vai sobrar ladroes fazendo L . Mais ai também pode juntar os fanáticos militante militonto lulista e os ditos fanáticos do Bozo está pronto para transformar o Brasil num país de doidos . Cada um a sua maneira: uns querem transformar o Brasil em Zona e outros querem transformar a Zona no Brasil. Complicado é conviver com o L de Ladrão e o B de Bozo. No mundo inteiro Democracia é a oportunidade de escolher o menos Ruim mas aqui foi escolhido o chefe da quadrilha petistas e ex presidiário.

  • por Aparecido Moreira, em 10.11.2022 às 10:31

    Esse que bateu no portão é o mais lúcido desse povo inteiro, no fundo o resto,é dai pra pior

  • por CACERENSE aloprado !, em 08.11.2022 às 07:20

    Fanático nada Gonzaga ! O cara tá a com o rabo cheio de cachaça e foi atrapalhar a manifestação de forma ordeira e digna !

  • por Aparecido Moreira, em 07.11.2022 às 14:56

    Eu só tenho uma frase pra dizer,que chacota,que absurdo,total delirio de pessoas que estão sobrevivendo a custa de fake-news que eles próprios produzem,eu tenho medo de apenas uma coisa,vai faltar leito nos hospitais psiquiatricos do Brasil inteiro,aguardem

  • por Alberto, em 07.11.2022 às 13:04

    Esses fanáticos idiotas continuam acampados em frente ao portão do quartel, pois são alimentados por fakenews do próprios bolsonaristas. a cada 2 hs chega uma mentira que os levam ao delírio. Só de prisão de Alexandre de Moraes foram várias, também teve a decretação de estado de sítio, e ainda a bizarra prisão de Paulo Freire, falecido há anos. Triste ver o Brasil assim estimulado pelo ódio, e tudo em nome de Deus.

 
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